Angra dos Reis

Volta às aulas pode causar morte de 17 mil crianças, estima professor



Estimativas feitas por um pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que a volta às aulas em meio à pandemia de coronavírus poderia aumentar significativamente o número de crianças mortas por causa da doença. De cerca de 300 mortes registradas atualmente de menores de 5 anos, o total saltaria para 17 mil.

“Absolutamente [a aula] não pode voltar em setembro”. E completa: “Fiz a conta hoje [terça-feira, 14] sobre a volta às aulas. Nós temos, no Brasil, 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você abrir, agora em 1 de agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros, no primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. Então, abrir as escolas agora é genocídio”, declarou Eduardo Massad, professor Titular da Escola de Matemática Aplicada da FGV.

A declaração ocorreu durante uma conversa virtual realizada nesta terça-feira (14) pela Agência Fapesp e o Instituto Butantam. Segundo o pesquisador, o Brasil teve até hoje cerca de 300 crianças mortas por coronavírus. Com a reabertura das escolas, esse número saltaria para 17 mil.

“Nós estamos falando de vidas. Se perder um ano letivo, ninguém vai morrer por causa disso. Se a gente abrir sem um planejamento muito bem feito e um monitoramento muito bem feito, vão morrer 17 mil crianças. Há uma impressão de que já se pode voltar para a escola, mas as crianças vão morrer”, defende. As informações foram divulgadas pela Revista Cresce, do O Globo.


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