A agonia de Alessandra de Freitas Portugal, de 40 anos, continua. Após desenterrar o próprio filho de 21 anos, num terreno no bairro São Sebastião, em Volta Redonda; agora, a luta dela é para não sepultá-lo como indigente.
Segundo fontes do IML (Instituto Médico Legal), como o rapaz foi encontrado enterrado, ele perdeu todas as impressões digitais e o reconhecimento facial não foi o bastante para identificá-lo no instituto.
O IML sugeriu que fosse enterrado como indigente, porém a família não aceitou. A mãe do rapaz entrou no final da tarde desta segunda-feira (21) na Defensoria Pública para conseguir a liberação do corpo. Até a publicação desta reportagem não havia saído a decisão da justiça de Volta Redonda.
“Sofro, mas quero que isto se resolva, e não aconteça nunca mais com ninguém. Nem respeitam a Justiça”, disse Alessandra.
Entenda o caso
Uma mãe encontrou o filho enterrado em uma mata no bairro São Sebastião, em Volta Redonda, no Sul do Rio. Haryson de Freitas, de 21 anos, estava desaparecido desde quarta-feira (9) e uma denúncia ao Ciosp, apontava que o corpo do jovem estava enterrado próximo à casa dele.
A mãe da vítima, a diarista Alessandra de Freitas Portugal, entrou em contato com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil para confirmar a denúncia, mas segundo ela, ninguém atendeu a solicitação.
Sozinha, a mulher foi até o local, escavou a terra e encontrou o corpo do filho.
Depois disso, ela foi até a delegacia registrar a ocorrência. Os agentes foram até o local do crime e disseram que retornariam nesta quinta-feira (17), mas até a publicação desta reportagem, não tinham comparecido ao local.
“Eu não sei o porquê que a polícia não quer vir e nem por que fizeram isso com o meu filho. Tá difícil demais. Eu só quero que eles venham tirar ele daqui para eu poder enterrar o meu filho”, disse a mãe.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que independentemente do local da remoção e da causa da morte, a Coordenação do Serviço de
Recolhimento de Cadáveres da Defesa Civil só pode atender a qualquer ocorrência após a realização dos procedimentos de perícia e o acionamento por parte da delegacia de polícia, que emite uma guia de recolhimento de cadáver. Disse ainda que este documento é indispensável para a remoção e a entrada no IML
