Guilherme da Silva Maia, 22 anos, atleta paralímpico de Volta Redonda, foi convocado para a seleção brasileira de vôlei sentado. Ele recebeu a notícia nesta quinta-feira (20).
O rapaz, que é atleta do Sesi São Paulo, vai se apresentar 6 de fevereiro no Centro Brasileiro Paralímpico, em São Paulo. Ele ficará com a seleção até o dia 13. Ele participará da primeira semana da seleção brasileira de voley sentado.
— A cada passo uma conquista. A cada conquista um novo sonho. Conquista desbloqueada: primeira convocação — escreveu ele.
Há três anos, a vida de Guilherme começou a ter uma reviravolta. Ele sofreu um acidente na Via Dutra, em Piraí, que fez com que perdesse a perna esquerda. O que parecia o fim de uma carreira esportiva; na verdade, era uma nova perspectiva vida dele – que cursava Educação Física numa faculdade de Volta Redonda – e é apaixonado por futebol.
Depois de meses internado no Hospital São João Batista, precisando de doação de sangue, campanhas para conseguir recursos para uma próteses, e muita incerteza do futuro, o jovem ergueu a cabeça e conheceu um novo esporte, uma nova paixão: o Voley Sentado, modalidade paraolímpica.
Ele não só começou a praticar, mas se destacou na prática esportiva. E mais: neste semana, ele consagrou campeão brasileiro da modalidade defendendo o Sesi São Paulo.
— Vencedores ou perdedores, todos saem ganhando. Experiências, memórias, histórias e aprendizados! Hoje no dia da pessoa com deficiência, eu tenho o orgulho de estar representando minha classe através do esporte – escreveu Guilherme, nas redes sociais, que continuou
“De alto rendimento ao lazer, o esporte proporciona sentimentos inexplicáveis e inesquecíveis e é por ele que supero minhas dores diárias, posso dizer que o esporte é o amor da minha vida e que salvou a minha vida e a de milhões de pessoas”. Ele finalizou agradecendo a Deus permitir estar vivo e fez acreditar no sonho.
Guilherme nasceu em 26 de junho de 1999, em Volta Redonda, e cresceu no bairro Santa Cruz. Ele já recebeu uma homenagem do vereador Renan Cury na Câmara de Volta Redonda que o ajudou, na época do acidente, a conseguir doadores de sangue.
No mesmo acidente, um policial militar morreu e um de 32 anos, que trabalhava na CSN, também teve a perna amputada.
