Um empresário de Volta Redonda está sendo investigado pela Polícia Federal, com a mandado de prisão em aberto. Empresas situadas em Volta Redonda suspeitas de pagarem uma propina mensal de R$ 5 mil a um delegado da corporação para ter informações antecipadas sobre ações da PF. Na quinta-feira (15), o delegado suspeito de receber o “mensalinho”, Wallace Noble, de 39 anos, foi preso por ordem da Justiça. O empresário, que teria uma residência no bairro Laranjal, ainda não foi encontrado.
Os nomes das empresas, que prestariam serviços às prefeituras do estado do Rio fornecendo medicamentos, não foram divulgados. Segundo a PF, em apenas três meses – entre fevereiro e abril de 2017 – as empresas teriam pagado ao delegado R$ 480 mil.
Segundo o portal G1, a investigação aponta que R$ 10 milhões em propina teriam sido pagos e que o Ministério Público federal (MPF) constatou a existência de uma organização criminosa agindo sistematicamente na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Depoimentos de colaboradores e depósitos bancários obtidos pela PF mostrariam que o delegado se aproximou dos investigados tomando depoimento deles pessoalmente, quando o normal seria ouvi-los por carta precatória.
A ação realizada na quinta-feira foi a segunda etapa de uma operação deflagrada em junho do ano passado, quando um delegado da ativa da PF, um escrivão da corporação e um advogado foram presos. Os suspeitos nesta segunda fase são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à justiça.
