por Tribuna
Mesmo com a ajuda financeira de R$ 60 bilhões que a União vai liberar aos entes federativos de todo o país, a avaliação é de que os municípios fluminenses, além do Estado do Rio de Janeiro, encontrarão muita dificuldade para pagar salários.
Rodrigo Drable, prefeito de Barra Mansa, expressou essa preocupação e disse que não emitiu os carnês do IPTU. Essa mesma preocupação é do prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, também disse que “a prefeitura passará por forte crise econômica”.
Alguns temem não conseguir fechar as contas no fim do ano.
O assunto vem sendo debatido pela Confederação Nacional de Municípios, que inclusive apoia a decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar trecho do projeto de socorro aos estados e municípios que possibilita reajuste a algumas categorias (como saúde e segurança).
Ajuda este mês
Segundo declarou na quinta-feira o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, os governos estaduais e municipais podem receber ainda este mês a 1ª parcela da ajuda da União. Entretanto, Rodrigues disse que será necessário um “grande esforço” para que a transferência ocorra nos próximos dias.
Preocupação nos bastidores da prefeitura
A Prefeitura do Rio estima perda de 30% de arrecadação somente de ISS (principal imposto). Mas, ainda assim, afirma que há garantia do pagamento em dia dos salários.
Nos bastidores, há sim preocupação em relação à folha salarial. Alguns integrantes do governo carioca temem não ter recursos suficientes para todas as despesas, como a que tem com servidores. Para evitar o cenário de atrasos de pagamento, dizem que o Executivo poderá acabar optando por atrasar obrigações com fornecedores.
Oficialmente, a prefeitura diz que a Fazenda municipal vem adotando um conjunto de medidas para amenizar o impacto da pandemia nas contas. E que a pasta vem reduzindo despesas de forma a adequar o orçamento.