A mais tradicional feira livre de Volta Redonda, a da Vila Santa Cecília, está vazia – reflexo da greve dos caminhoneiros que entrou no sétimo dia neste domingo (27). A equipe reportagem do jornal Tribuna percorreu o local para conferir. Muitos feirantes nem levantaram as barracas. Quem não tinha produtos em estoque não apareceu. Verduras sumiram e algumas frutas também.
Segundo a feirante Lucimar Fernandes, 47 anos, pelo menos 30 barracas não estavam na feira do bairro. Trabalhando há 18 anos, ela nunca viu uma situação dessa em Volta Redonda.
“Não aumentei o preço das mercadorias para não atrapalhar os nossos clientes. Consegui só uma caixa de banana”, afirmou ela. Um dos fornecedores dela é preso no bloqueio de Taubaté, interior de São Paulo.
“Só temos mercadoria para hoje. Amanhã não temos mais nem combustíveis”, complementou Hugo Castro, de 45, que vende frangos e linguiça.
[ FEIRA LIVRE VAZIA ] — A mais tradicional feira livre de Volta Redonda, a da Vila Santa Cecília, está vazia – reflexo da greve dos caminhoneiros que entrou no sétimo dia neste domingo (27). A equipe reportagem do TRIBUNA.SF percorreu o local para conferir. Muitos feirantes nem levantaram as barracas. Quem não tinha produtos em estoque não apareceu. Verduras sumiram e algumas frutas também. Segundo a feirante Lucimar Fernandes, 47 anos, pelo menos 30 barracas não estavam na feira do bairro. Trabalhando há 18 anos, ela nunca viu uma situação dessa em Volta Redonda. Confira a reportagem especial completa no nosso site: www.tribunasf.com.br
Publicado por Tribuna do Sul Fluminense em Domingo, 27 de maio de 2018
Problema afeta produtores de hortaliças
No distrito de Santa Rita de Cássia, em Barra Mansa, um dos principais distribuidores de hortaliças da região, os 137 produtores também não estão conseguindo trabalhar. De acordo com a Associação de Produtores Rurais de Santa Rita de Cássia, o bloqueio nas estradas impede a distribuição de, aproximadamente, 20 toneladas de alimentos ao dia, um prejuízo diário de R$ 80 mil.
São milhares de hortaliças, verduras e legumes que não chegam ao destino. O problema também acaba refletindo nos mercados e restaurantes.
Situação é crítica, afirma Sindicato Rural de Barra Mansa
Apesar de favorável à manifestação dos caminhoneiros, o Sindicato Rural de Barra Mansa classifica a situação como preocupante.
“Apoiamos a greve e a luta dos caminhoneiros, mas, ao mesmo tempo, estamos apreensivos. Essa pressão por mudanças no cenário político, apesar de necessária, causa um impacto muito grande no agronegócio, com perdas na produção e na comercialização, além de colocar os animais em risco, porque, com a paralisação, já começa a faltar ração para alimentá-los”, disse, através de nota, Adilson Delgado Rezende, presidente da entidade.
Mais 130 mil litros de leite estão sendo descartados por dia em Barra Mansa e em cidades próximas, no Sul Fluminense.
Prejuízo de R$ 200 mil por dia
Cerca de 530 produtores em um raio de 150 km estão passando pelo problema desde terça-feira (22).
De acordo com a cooperativa de leite de Barra Mansa que atende a esses produtores rurais, por causa dos bloqueios, a cooperativa está sendo impedida se efetuar a coleta. “Como é um produto perecível, acaba tendo que ser descartado pelos trabalhadores”, disse o gerente da cooperativa, Fábio Meireles.
Segundo a cooperativa, o prejuízo chega a R$ 200 mil por dia. Esse valor é o que é pago aos produtores. A fábrica é responsável pelo envase do leite de caixinha, chamado UHT (ultrapasteurizado), também conhecido como leite longa vida. Ela está parada desde quarta-feira (23). São 25 mil litros de leite que deixam de ser embalados por hora.
A cooperativa informou ainda que quem tem resfriador ou algum tipo de armazenamento, consegue guardar o leite por um ou dois dias. Mesmo assim, após 24 horas o leite não tem a qualidade que a lei exige. Com informações do G1.
