O poder econômico não prevaleceu nas eleições para deputado federal e estadual deste ano no Sul Fluminense. Isso é comprovado na primeira prestação de contas dos candidatos da região ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O portal de notícia TribunaSF fez o levantamento e calculou os valores gastos pelos políticos com o número de votos obtidos no último domingo.
O delegado Antônio Furtado, eleito como 104.211 votos para deputado federal, gastou R$ 56.535,00. Desta maneira, para cada voto conquistado, o delegado investiu apenas R$ 0,54. Do outro lado da lista, está Deley de Oliveira (PTB) que gastou R$ 65,49 na campanha por cada voto conquistado (R$ 1,4 milhões para obter 21.377). Deley não se reelegeu.
A surpresa negativa desta eleição foi o ex-presidente do Voltaço Rogério Loureiro, que concorria uma vaga para deputado estadual. Ele foi o candidato que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral o maior valor em bens: mais de R$ 3,8 milhões. Ele, segundo o site do TSE, gastou R$ 40 mil para obter apenas 3.418 votos. Isso significa que Loureiro investiu R$ 11 para cada voto.
FEDERAL
- DELEGADO FURTADO (ELEITO)
Gasto de campanha: R$ 56.535,00
Votos: 104.211
Custo de cada voto: R$ 0,54
- DELEY DE OLIVEIRA: (NÃO REELEITO)
Gasto de campanha: R$ 1,4 milhão
Votos: 21.377
Custo de cada voto: R$ 65,49
- ALEXANDRE SERFIOTIS (REELEITO)
Gasto de campanha: R$ 1.055.000,00
Votos: 37.526
Custo de cada voto: R$ 28,11
ESTADUAL
- MARCELO CABELEIREIRO (ELEITO)
Gasto de Campanha: R$ 236.875
Votos: 18.003
Custo de cada voto: R$ 13,15
- GUSTAVO TUTUCA (REELEITO)
Gasto de Campanha: R$ 542.289,95
Votos: 49.952
Custo de cada voto: R$ 10,85
- ROGÉRIO LOUREIRO (NÃO ELEITO)
Gasto de Campanha: R$ 40 mil
Votos: 3.418
Custo de cada voto: R$ 11,70