A juíza da 2ª Vara Civil de Resende, Maria Elizabeth Figueiras Braz, determinou – em decisão limitar – o bloqueio de R$ 100 mil de bens do vereador Roque Cerqueira (PDT) e de uma empresa que vendeu ao legislativo. O motivo é que a Justiça constatou um superfaturamento na compra de papéis A4 e um número exacerbado de pacotes do produto.
A decisão foi depois de uma denúncia do Ministério Público. Só para se ter uma ideia, Roque – que era presidente da Câmara – comprou nada menos do que 1.140 pacotes de A4, segundo a denúncia do MP. Isso daria o uso de 2.270 folhas por dia na Câmara.
A quantidade comprada em 2018 é mais que o dobro do que foi adquirido em 2015 pela Casa Legislativa. Ainda de acordo com a denúncia do MP, o valor médio de cada pacote de papel custa no mercado R$ 14,00 e foi comprado por R$ 26,79.
Pelos cálculos dos procuradores, o superfaturamento chegou a marca de R$ 47,5 mil. O valor global da compra foi de R$ 99.658,80.
Procurado, o Roque não foi encontrado para comentar a decisão judicial. Assim que ele se pronunciar a reportagem será atualizada.
Essa não é a primeira vez que Roque se envolve em improbidade administrativa em 2018. Ele foi destituído da presidente da Casa Legislativa pelos próprios colegas de plenário.
Por dez votos a quatro, os vereadores aprovaram a saída do presidente, alegando ineficiência administrativa.
Entre as ações, foi citado o fato do vereador terminar algumas sessões legislativas antes do horário previsto e impedir o andamento e votação de processos durante sessões.
Segundo os parlamentares, ‘isso fere o regimento interno da casa’.