No nosso cafezinho de hoje, vamos falar de um assunto que eu realmente domino: Negócios internacionais e desenvolvimento econômico.
De janeiro a setembro de 2018, as 700 empresas japonesas com escritório ou fábricas no território brasileiro aplicaram cerca de US$ 800 milhões em investimentos no Brasil, mas as relações entre Brasil e Japão, não se resumem a negócios.
Em 2018, os dois países celebraram os 110 anos da imigração nipônica, com centenas de eventos culturais, artísticos, esportivos e culinários que simbolizam a contribuição dos japoneses para a sociedade brasileira.
A importância do Japão vai desde a expansão agrícola do cerrado brasileiro, da introdução da berinjela na culinária nacional, ao judô, é difícil enumerar todas as contribuições que os imigrantes japoneses deram ao Brasil.
Atualmente, são 2 milhões de descendentes japoneses que vivem, no Brasil constituem a maior comunidade de pessoas de origem japonesa fora do Japão.
O embaixador japonês Akira Yamada, com quem eu pude conversar em feiras internacionais de negócios e investimentos em algumas ocasiões; ressalta que os brasileiros também contribuíram para enriquecer a cultura e os costumes japoneses.
Zico é o principal nome para o desenvolvimento do futebol no Japão e a bossa nova, que até hoje é muito apreciada pelos japoneses, assim como o churrasco e o samba.
Para ele, numa conversa animada, que tivemos ontem a noite, onde tratamos sobre o tema, os investimentos e a transferência de tecnologia do Japão podem aumentar em direção ao Brasil, e à região sul fluminense, em especial, mas observou que é importante que o “ambiente de negócios no Brasil” melhore, principalmente em nossa região.
Aproveitando o ano de 2018 como comemorativo da imigração japonesa e se baseando no slogan “Do Rio para Tóquio”, ele gostaria de fortalecer ainda mais os nossos laços entre o Brasil e o Japão.
E, até agora, o Projeto Usiminas sobre a produção de aço e o Projeto Amazon Aluminium sobre produção de alumínio têm sido implementados como um projeto nacional cooperado pelos setores público e privado do Brasil e Japão no campo industrial. A cooperação público-privada japonesa contribuiu muito para o desenvolvimento do campo industrial brasileiro.
Esperamos que o investimento japonês, se expanda e que a transferência de tecnologia para o Brasil possa acompanhar o progresso, porém, é importante melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
Também esperamos aproveitar a Reunião de Cooperação em Infraestrutura Brasil-Japão, resultado da reunião de cúpula Brasil-Japão realizado em 2016, antes de Akira Yamaba assumir seu posto no Brasil (este que vos escreve participou desse evento querendo trazer empresa nipônica do setor aeronáutico para Resende, porém a vigarice de alguns políticos locais, a preguiça de outros; alguns inescrupulosos e outros absurdamente orgulhosos; impediram o desenvolvimento local, hoje a cidade não se desenvolve e reformas são classificadas como revitalização) para desenvolver as relações de cooperação em vários campos industriais;
E é por isso que eu vou muito em breve começar a conversar com algumas lideranças da cidade para projetarmos um futuro definitivamente promissor com a vinda destas empresas japonesas, que estão desenvolvendo tecnologias na área energética, principalmente solar, hidrogênio e eólica. São tecnologias facilmente aproveitáveis no Brasil.
Se de um lado o Brasil tem o que comprar dos japoneses – a tecnologia, a inovação; do outro, tem o que vender, como alimentos processados e agro energia e se tudo correr bem as relações Brasil-Japão seguem nessa direção comigo colocando a cidade de Resende em foco.
Volto em outra oportunidade com outro cafezinho (japoneses adoram café) gostoso para degustarmos. Obrigado e um forte abraço.
Roger Soares é militar da reserva, ex-bombeiro no Estado de São Paulo, técnico em emergências médicas, apicultor, professor de educação física, e consultor de negócios e investimento