Wellington Alexandre da Silva e Ana Alice Lino Gomes, ambos de 19 anos, passaram momentos de terror neste sábado (2). Os dois foram apontados como suspeitos da morte do cabo da PM Sá Freire, durante um confronto na noite de sexta (1º) no Retiro, em Volta Redonda. Porém, eles provaram que não estavam no local no momento do crime e não tinham envolvimento.
Agora, depois da divulgação das fotos, as famílias temem receber represália da população por conta do ocorrido. “Estou muito magoado. Com muito medo”, resumiu Jucilene Maria de Sousa Silva, a mãe de Wellington, em entrevista ao TRIBUNA.
Ela contou que ficou sabendo que o filho era suspeito através das redes sociais e logo o levou à delegacia com o advogado. Segundo a mãe, o Wellington foi levado para carceragem da delegacia. “Ficamos mais de três horas na delegacia”.
No momento do crime, ainda segundo familiares, o rapaz estava numa boate de Volta Redonda em companhia de uma prima. Wellington está trabalhando numa terceirizada da CSN. “Ele sai para trabalhar todos os dias às 5 horas da manhã”.
“Já existem várias mortes causadas por Fake News e estamos com medo disso acontecer com o Wellington”, disse o tio do rapaz, Marco Antônio da Silva, que também é Policial Militar.
Já a mãe Ana Alice Lino Gomes, Micheli Lino Sacramento, preferiu se manifestar nas redes sociais. Ela também levou a filha após ficar sabendo que ela seria suspeita do crime. Mas também provou que não estava no local do crime na noite de sexta.
“Minha filha se apresentou na delegacia e foi liberada. Estou divulgando sim, pois fomos acusados sem prova e moralmente bombardeados e acusado de algo que não fez. Só Deus sabe o que passamos no dia de hoje (sábado). Como medo e assustados com tudo que aconteceu. Estamos sentido dor e tristeza aos nossos corações. Desejo que o verdadeiro assassino aparece e lamento e sinto muito pela morte do policial. Que Deus conforte o coração da sua família. E agradeço a Deus e minha família e amigos pelas orações e apoio”, escreveu a mãe.
Irmãos detidos também provam inocência
Os irmãos Matheus Barros Geraldo, de 17 anos, e Nathan Barros Geraldo, 27, também compareceram na delegacia de Volta Redonda (93ª DP) após descobrirem que eram suspeitos do assassinado do policial. Porém, eles também provaram que eram inocentes. Eles ficaram detidos na cela da unidade policial.
“Estávamos na casa do meu pai no Santo Agostinho no momento do ocorrido.Fomos voluntariamente esclarecer e ficamos horas detidos. Também tememos porque colocaram nosso nome ligado a facções criminosas. Meu irmão é de menor e a foto dele está sendo divulgada em vários grupos (WhatsApp)”, disse Nathan.
Apenas um suspeito permanece preso
Kaigro Antônio de Souza Resende, 18 anos, foi o único autuado pelo homicídio do policial. Wellington foi citado como testemunha do caso, assim como Ítalo Barbosa Rezende, de 27 anos. Ana Alice e os irmãos nem foram citados no resumo do Boletim de Ocorrência.