Por Tribuna
Relatório da Comissão da Verdade de Volta Redonda apurou que mais de 200 pessoas foram perseguidas e, algumas, torturadas na cidade no período da ditadura militar, que completa neste domingo (31) 55 anos do início dela.
O estudo, que durou três anos para ser apresentado e foi divulgado em
2015, disse também que indiretamente mais de mil pessoas sofreram com o autoritarismo dos militares da época. O regime durou 21 anos, terminando 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves – que morreu antes de tomar posse.
Um dos torturados foi ex-metalúrgico Edir Alves, de 73 anos. Ele era integrante da Juventude Operária Católica (JOC) e foi brutalmente torturado na sede do 1º BIB (Batalhão de Infantaria Blindada), em Barra Mansa – onde é hoje o Parque da Cidade.
“Foram tempos terríveis, mas graça ao nosso pastor e bispo dom Waldyr Calheiros estou vivo hoje”, disse Edir Alves, em palestra aos alunos do MEP (Movimento pela Ética na Política).