Por Tribuna
O corte de 30% do orçamento da UFF (Universidade Federal Fluminense) deve atingir mais de seis mil universitários dos dois campus de Volta Redonda (Aterrado e Vila Santa Cecília), além de mais de 120 professores.
As informações foram passadas pela própria universidade. O pagamento de contas básicas como água, luz e telefone pode ser comprometido no segundo semestre, além de bolsas e auxílios aos universitários destaques e investimentos no mestrado e no doutorado.
Em nota oficial, a UFF divulgou que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão do Ministério da Educação, mas foi constatado o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis para manutenção das atividades.
“Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.
A UFF é hoje uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento”, diz a nota, que continuou:
“A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades”.
Manifestação em VR e Angra
Segundo os organizadores, mais de mil estudantes e apoiadores participaram de uma manifestação contra o corte da educação. Eles se reuniram na Praça Brasil e seguiram pelas ruas da Vila Santa Cecília.
“É surreal o que está acontecendo no Brasil. Um presidente que corta verba da educação e a aumenta o porte legal de arma. Onde vamos chegar com isso?”, disse Larissa Castro, 21 anos, estudante da UFF. “O que é pior: tem gente que o apoia”.
Estudantes de Angra dos Reis também saíram às ruas para uma manifestação contra o corte e o governo de Bolsonaro. Eles percorreram as ruas do Centro da cidade de Angra.