Destaque 1 Volta Redonda

Grupo ajuda pais que desejam adotar filhos na região



Por André Aquino

Todas as primeiras quintas-feiras de cada mês o salão da Igreja Nossa Senhora das Graças, no Aterrado, em Volta Redonda, vira um grupo de apoio para aqueles que já adotaram, estão em processo ou, simplesmente, tem o interesse no assunto (foto acima).

Todos são bem-vindos e um ajudando o outro com as suas próprias experiências. São relatados os pontos positivos, as dificuldades, mas os frequentadores são unânimes: vale a pena adotar.

“O grupo é aberto às pessoas interessadas no assunto de adoção, pessoas que estão se habilitando, habilitados e famílias que já estão com seus filhos”, explicou Celi Moreira, coordenadora do grupo em Volta Redonda.

Neste sábado (25), Dia da Adoção, o TRIBUNA contará experiências daqueles que provaram que filhos não são apenas aqueles que saem do ventre. Mas o amor incondicional é o principal gerador deles. Porém, o medo no início do processo toma conta de casais – como em qualquer gravidez de primeira viagem.

Celi aconselha aqueles que querem adotar: “Que os interessados se livrem de qualquer pensamento limitante e do medo, e se abram para o novo, para o inusitado, para o incerto. Porém, principalmente, para o amor”, disse Celi, que adotou quatro filhos – um deles com paralisia cerebral. Na foto abaixo, os filhos de Celia.

“Adoção é um encontro”

Ainda noivos, o casal Cláudio e Ana Carla Ramos de Mendonça, moradores de Resende, teve o despertar para adoção de uma criança. Até a concretização do sonho, foram cinco anos. Hoje, eles têm dois: um menino de 12 e uma menina de 14.

“A adoção é encontro. Primeiro o telefone toca, depois acontece o primeiro encontro, com meu filho a emoção é surpreendente, pois a criança escolhe seus pais. Foi assim também com minha filha adotada com 12 anos, adoção tardia e hoje com 14”, disse Claudio.

A esposa complementou: “Sou fã da adoção tardia. A emoção é a mesma, adoção é encontro”.

“Saída da zona do conforto”

Com a vida estabilizada, juntos há 15 anos, Augusto e Lilian Siqueira decidiram adotar dois. A vida deu uma vira-volta e eles saíram da zona de conforto:

“Com a adoção tudo mudou na minha vida, eu já estava casada há quase 15 anos, vivendo tranquilamente, me dividindo entre trabalho, marido e passeios. Quando meus filhos chegaram tudo mudou. Eles passaram a ser prioridade na minha, troquei a calmaria, por extremos de amor, preocupação e felicidade”, relata Lilian, moradora do interior de São Paulo.

Processos judiciais

Os pais relatam que os processos judiciais melhoraram, mas ainda não são ideais. Antes, a média era de cinco anos e, agora, chega dois ou três anos.

“Hoje a habilitação está mais rápida, mas o processo todo, até a adoção, ainda precisa melhorar”, disse Celi Moreira.

Foi devida à luta dos grupos de apoio que foi aprovada a lei 12010/2009, que fez alterações necessárias, facilitando assim os processos de adoção.

“A região Sul Fluminense se tornou referência nos processos de adoção. Em Resende, um processo que há sete anos levava em torno de cinco anos para finalizar, hoje leva dois anos, lembrando que cada caso é um caso”, disse Cláudio Mendonça, que foi coordenador do grupo em Resende.

A única diferença entre filhos adotivos e os genéticos é tempo de gestação.



 


2 Comentários

    • Karitta 07:28

      Para entrar em contato

    • Geneci Silva 08:28

      Como faço pra adotar um benção?

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