Destaque 1 Outros Volta Redonda

Não consegue emprego? Especialista explica as razões e dá dicas



Por Roberta Vitorino 

Natalie Aguiar é um exemplo da dificuldade de grande parte dos brasileiros. Está há um ano tentando se recolocar no mercado de trabalho.

Para Natalie, a falta de emprego de um modo geral aumenta as exigências das empresas. “As pessoas para terem experiência, precisam de uma oportunidade”, diz. A auxiliar administrativa acredita que é um período complicado também para o empregador, pois é um momento de crise, onde muitas empresas estão fechando as portas.

“Muitas tiveram que reduzir o quadro de funcionários, e isso aumentou o número de pessoas desempregadas. Mas por outro lado há má gestão pública de municípios que não se preocupam em trazer empregos”, afirma.

Natalie tem tentado há um ano emprego das mais diversas formas. Se cadastrou em sites de algumas empresas e manda e-mails.


“Preciso apenas de uma chance de mostrar que sou capaz de desenvolver com qualidade e profissionalismo aquilo que me for designado. Tempo de experiência nem sempre significa capacidade”, diz.


Ela faz parte da estatística. Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio, a taxa de desemprego subiu para 12,7% no trimestre encerrado em março, atingindo 13,4 milhões de pessoas.

Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2018, quando a taxa também ficou em 12,7%, reforçando a leitura de perda de dinamismo e recuperação mais lenta da economia neste começo de ano.


Dicas da especialista

Na opinião da recrutadora e coach Elaine Aguiar (foto acima), o mercado está passando por uma transição, o que aumenta as possibilidades de formas de trabalhar, mas ela garante que há vagas.

“O mercado vem tentando se adaptar a esta nova realidade. Profissões novas vêm ganhando espaço, outras se extinguindo e profissões existentes ganhando novas versões”, explica.

Para a coach é necessário ter foco e estudar as empresas para a qual o candidato deseja trabalhar. “Veja se você tem o que eles estão pedindo. E se tiver envie seu currículo. Sempre procure saber o perfil da vaga, o prazo e se a fonte é segura. Cuidado com os fakenews”, alerta.


Estado mental 

Elaine orienta para que os concorrentes trabalhem seu estado mental, embora acredite que seja difícil se manter equilibrado nessa situação.

“O autocontrole é essencial e o candidato que foca em si, buscando autoconhecimento e gerenciar as emoções já saí na frente. Ele já aprende na crise a desenvolver suas habilidades comportamentais que as empresas buscam”, explica.

Entre as dicas que dá está se organizar e investir em conhecimento, buscar leituras para aprimorar o vocabulário, melhorar a escrita, revisar o currículo e eliminar o que não funciona mais como dados de documentos, adjetivos pessoais e frases motivacionais.

Para adequar ela indica colocar somente o necessário como dados pessoais, experiências profissionais e cursos atualizados. Além disso, dar todos os contatos, inclusive Whatssapp para que a empresa tenha facilidade de entrar em contato.


Redes Sociais ajudam

As redes sociais, para Elaine, são uma porta para construir redes de apoio. “Os recrutadores utilizam dessas ferramentas para divulgação e atração de talentos. Esteja onde estiverem se aproximem, participe de grupos de emprego, feiras, palestras abertas, voluntariados. Para quem não tem esses recursos, sempre tem um sobrinho, um afilhado, alguém que possa ser auxílio”, ressalta.

“No mais, busque se manter informado e ativo. Aproveite esse tempo de busca, para descobrir novas formas de trabalhar, gerar renda e aumentar o repertório de conhecimento”, finaliza.


LEIA MAIS:

 Voluntários ajudam aqueles que procuram vagas de emprego na região



 


Deixe seu comentário

error: Content is protected !!