Especial Sul Fluminense

Rock in Rio: Mais de três décadas de muitas histórias marcantes



Por Tribuna

Oh, oh, oh, oh. Oh, oh, oh… Rock in Rio… Às vésperas do maior evento musical do Brasil, marcado para iniciar dia 27 de setembro, muitas pessoas esperam ansiosamente a data do festival de shows e o que o momento pode proporcionar aos participantes.

Trinta e quatro anos após a primeira realização, o acontecimento ainda hoje é sucesso de público e bilheteria.

Diversos momentos marcaram as mais de três décadas de festival. Um exemplo foi a primeira edição, em 1985, quando o vocalista do Queen, Freddie Mercury, mobilizou uma multidão cantando ‘Love Of My Life’, ou quando Carlinhos Brown foi vaiado e levou ‘garafadas’ de água em 2001.

A reportagem especial do TRIBUNA vai voltar ao tempo e contar história de pessoas que participaram das primeiras edições do Rock in Rio e também a expectativa daqueles que aguardam a chegada do festival de 2019.


Marcado pela primeira edição


O jornalista de Volta Redonda Anco Márcio Esteves de Barros, de 57 anos, foi um entre 1 milhão e 380 mil espectadores que participaram da primeira edição do Rock in Rio, em 1985.

Para ele, a atração que o motivou a querer ir foi a banda Queen, porém, quando foi comprar todos os ingressos haviam sido esgotados.

De acordo com ele, a oportunidade veio quando uma colega de trabalho desistiu de ir ao último dia de atração, que foi no domingo 20 de janeiro.

— Quando ela disse que não poderia ir não pensei duas vezes e comprei o ingresso dela, apesar de não conseguir ir ao show do meu grande ídolo, Freddie Mercury, haviam outras atrações que eu gostava como a banda Yes, contou.

Além do grupo, neste dia Barão vermelho, Gilberto Gil, Blitz, Nina Hagen e The B-52’s, abrilhantaram a noite.

Anco relembra que na época, aos 23 anos, foi sozinho, porém na ida para a Cidade Maravilhosa, havia um ônibus fazendo uma linha especial que levava os participantes para a Cidade do Rock e esperava até o término do show.

— Acredito que no ônibus ninguém conhecia ninguém, isso acabou contribuindo no envolvimento do pessoal e amizades foram surgindo durante o caminho. Quando eu cheguei no local do evento e vi a quantidade de pessoas me perguntei, será que vou encontrar algum conhecido no meio dessa multidão? Por sorte encontrei, disse.

O jornalista falou que cada momento vivido no dia é lembrado com muito carinho, inclusive a quantidade de lama que o espaço estava tomado devido a chuva.

— Choveu demais, o local era totalmente aberto, por isso a quantidade de lama, mas eu não me importei, queria curtir os shows e isso eu fiz. Se eu pudesse voltar aquele dia eu faria as mesmas coisas, lembrou.

Um dos momentos mais marcantes para ele foi quando a banda Yes fez uma apresentação com raio lazer.

— Foi inusitado, marcante. Hoje em dia não seria surpreendente, mas na época todos ficaram de boca aberta com aquela tecnologia. Eu nunca mais voltei em outra edição, mas ainda hoje guardo o ingresso numa gaveta e o momento no coração, expressou.


Um legado de participações no RiR


Após seis anos da edição que marcou a abertura oficial do Rock in Rio, a segunda aconteceu dentre os dias 18 e 26 de janeiro de 1991, dessa vez no estádio do Maracanã. Foram mais de 700 mil pessoas que se dividiram entre os nove dias de festa. Dentre os participantes estava o funcionário público de Itatiaia, Wanderson Alexandre Junior, hoje com 46 anos.

Outro aspecto que mudou nesta edição foi o estilo, o RiR não era mais apenas com shows de rock, mas também deu espaço para outros estilos musicais como pop, MPB e forró, com apresentação da Elba Ramalho.

Wanderson relembrou que no dia em que participou do evento, o dia foi regado de shows com os grupos Happy Mondays, A-Ha, Information Society, Capital Inicial, Nenhum de Nós, Paulo Ricardo, Debbie Gibson.

– Fui eu e um amigo, fomos independentes, descemos na rodoviária do Novo Rio e de lá fomos de pé para o Maracanã. Chegando lá presenciamos um mar de gente, mas tudo muito bem estruturado, disse.

O funcionário disse que desde então virou fã da festa participando de todas as sucessoras.

— Eu adoro participar do Rock in Rio. Desde 91, estou indo em todas as edições e sempre procuro aproveitar o máximo. Já estou ansioso para a de 2019, eu vou no dia 03 de outubro, afirmou.

No dia, no qual Wanderson irá participar, dentre os shows principais, o Palco Mundo receberá as bandas Red Hot Chili Peppers e Panic! at the Disco.


Ansiedade a mil por hora


Quem também está ansiosa para aproveitar ao máximo a edição de 2019 é a jornalista de Barra Mansa, Annalu Oliveira, de 26 anos.

De acordo com ela, a expectativa é a melhor possível, sobretudo porque o dia em que escolheu, 05 de outubro, marcará a estréia da cantora Pink ao país.

– Estou muito animada, sobretudo pelo show da Pink, sempre fui fã dela e a acho maravilhosa. Suas músicas fizeram parte da minha pré-adolescência inteira, tenho certeza que vou chorar muito ouvindo, disse.

Para ela, que já havido ido à edição de 2013, quando veio a cantora norte-americana Beyoncé, só o fato de fazer parte do evento é maravilhoso.

– Em 2013 fui em dois dias seguidos. Mas o que me marcou foi o show da Beyoncé. Eu fiquei nove horas em pé para vê-la, fiquei destruída, mas não me arrependi nenhum momento, pois ter conseguido ficar bem perto dela valeu todo o esforço, afirmou.

Annalu vai com mais dois amigos e garantiu que aproveitar a viagem para ficar o fim de semana na Cidade Maravilhosa. Para o festival ela espera uma coisa: se divertir muito.

– Quero acompanhar todos os shows nacionais e internacionais e curti cada momento. O evento é a possibilidade de reunir diversas pessoas e tribos diferentes, pois esse é o Brasil que não nos permite ficar presos em um ritmo só, finalizou.



 


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