Após pagar uma fiança de R$ 2 mil, o marinheiro João Tiago Nascimento Guimarães, piloto da lancha que atropelou quatro banhista, foi solto e responderá em liberdade pelos crimes de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e por lesão corporal.
Segundo a Polícia Civil, a fiança foi estabelecida porque o marinheiro estava com documentação em dia e não estava embriagado no momento do acidente. João Tiago disse aos polícias que barco apresentou defeito no acelerador. A embarcação foi apreendida e passará por perícia. O dono da lancha também será investigado.
Em depoimento à polícia, o marinheiro disse que deixou a embarcação em ponto morto e, de repente, a lancha acelerou sozinho.
O acidente aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (30), que causou a morte de duas pessoas e deixou outras duas feridas.
As vítimas fatais foram Alexandre da Silva Leite, de 43 anos, que morreu no local. Walquiria Almeida Barreto, de 29 anos, morreu a caminho do hospital. Familiares das duas vítimas estão na cidade litorânea para liberar os corpos.
Continuam internadas, no Hospital Geral de Japuíba, em Angra, Natacha de Oliveira Soares, de 27 anos, que passou por cirurgia e teve dois dedos do pé direito amputados, e Camila Martinez Precoma, de 30 anos, que passou por cirurgia na noite desta sexta-feira (30). Segundo os Hospital, o estado de saúde dos dois é estável.
Internautas defendem o marinheiro
Centenas de internautas defenderam o marinheiro, alegando que o ocorrido foi um acidente e que João Tiago não teria culpa.
“Acidente acontece. Quando a pessoa é drogado ou embriagado tem que pagar. Mas, ele não estava. Ele (João Tiago) é trabalhador. Só a perícia que pode indicar o que aconteceu. #forcaTiago”, escreveu um internauta.
Outro publicou “Sou marinheiro e sei que muitos não entendem, mas isso pode acontecer com toda maquina. Foi uma fatalidade”.
Uma internauta ressaltou a vida de trabalho de João Tiago: “Sempre vejo ele correndo atrás, entregando mármitex. Ele é trabalhador e não assassino”.