Especial

Otimismo é a melhor arma na guerra contra o inimigo invisível



Por Andre Aquino, editor do TRIBUNA 

Numa dinâmica para ocupar o tempo ocioso durante o isolamento social, Laura Carvalho, de 6 anos (foto acima), de Volta Redonda, fez um pedido à sua mãe, Vanessa, de 47 anos, que a pegou de surpresa. Ela queria desenhar um arco-íris com a mensagem positiva em meio à pandemia.

Laura ainda não tem a noção da gravidade do que se passa o mundo. Porém, mesmo assim, ela quis mandar a mensagem e fazer a sua parte — singela e muito eficaz pela pureza natural de uma criança.

Ela desenhou um arco-íris e a mãe a ajudou a escrever “Vai dar tudo certo”, um lema que começou na Europa com uma corrente de bem que, agora, chega em Volta Redonda.

A mensagem é para toda população: “Fiquei emocionada por ser, tão nova, e já ter a consciência da importância de fazer sua parte, usando a comunicação do desenho”, orgulhou-se mãe.

Os traços são inconfundivelmente infantis e as letras, por vezes, tremidas, de tamanhos diferentes, como costuma ser a caligrafia de quem só há pouco aprendeu a escrever.

Isso ocorreu com Ramon Silva, de 8  anos. Ele fez o mesmo e foi postado nas redes sociais pela sua mãe, Claudia, de 39 anos. “O bem multiplica na mesma proporção e velocidade  do vírus. Isso vai passar e vamos ter várias lições”, disse ela, moradora de Barra mansa.

Na Itália, além de serem compartilhados nas redes sociais, os desenhos também foram pendurados nas janelas como forma de transmitir a mensagem para quem passasse na rua.


Heróis que vestem branco


A adolescente Fabíola de Oliveira, de 16 anos, a pedido da equipe de reportagem, escreveu uma mensagem aos profissionais de saúde. “Os heróis de hoje vestem branco. Sacrificam a própria saúde por amor aos próximos. Todo respeito, administração e honra aos técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos”, escreveu a jovem, estudante de uma escola particular de Resende.


Otimismo foi remédio



Aos 76 anos, com um bom humor contagiante, Lúcia Regina Werneck Ferreira foi diagnosticada com Covid-19. Hoje, ela está curada. Moradora de Pinheral, a senhora conta como foi que descobriu a doença e manda o recado à população:

— A pessoa deve se manter calma. O nervosismo maximiza os sintomas. Manter a  confiança que isso vai passar, como passou comigo — disse a senhora, em entrevista exclusiva para TRIBUNA


Médicos continuem firmes


Também a pedido do TRIBUNA,  João Pedro Fernandes — morador de uma comunidade de Volta Redonda que passou em medicina na UERJ neste ano — também escreveu uma carta aos seus futuros colegas de trabalho.

— Vocês (profissionais da saúde) continuem exercendo o seu trabalho firmemente, mesmo correndo tantos perigos, abrindo mão de tantas coisas, isso me traz a certeza que tomei a decisão certa em querer exercer a medicina — disse ele, que prosseguiu:

“Cada vez mais admiro essa profissão e todas as outras relacionas a saúde, já que todas estão ligadas entre si. Sinto-me confortado que, apesar de todos os problemas e dificuldades, existem profissionais como vocês que estão dispostos a entregarem o melhor de si para cuidar de nós. A gratidão e respeito que todos nós temos a vocês”, escreveu o rapaz de 18 anos.

No antagônico discurso da autoridade máxima do Brasil, que prega e incentiva um gabinete do ódio, baseados em fake news, a população da região reage na sua melhor versão: com o amor – que sempre vence.

 


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