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Crimes dos “171” disparam em meio à pandemia em Volta Redonda



Por Tribuna

Robson de Oliveira, 27 anos, teve o seu celular clonado. O criminoso tentou passar por ele, pediu a um amigo para que depositasse R$ 910. “Ele só não conseguiu aplicar o golpe porque, no momento, estava com meu amigo”, contou ele, que mora e trabalha na CSN, em Volta Redonda.

Ele faz parte de uma estatística: aqueles que já foram vítimas dos estelionatários durante à pandemia. Em Volta Redonda, esse crime disparou nos quatro meses de 2020 em comparação ao igual período de 2019.

Foram 228 casos registrados em Volta Redonda, enquanto no igual período foram 160, um crescimento de 44%.

Os dados são do ISP (Instituto de Segurança Pública), divulgada neste semana pelo Governo do Estado.

A determinação da quarentena, o isolamento social, o desemprego, a autorização para cortes de salários e jornada de trabalho reduzida, a dificuldade para obtenção do auxílio emergencial do Governo Federal.

Essas são as causas apontadas pela advogada criminal Caroline Ribeiro, do escritório Martorelli Advogados.

— Tudo somado à diminuição de investimento em policiamento, causado, inclusive, mas não se limitando, pela baixa arrecadação de impostos em razão da crise, geram um ambiente propício a prática de crimes, mas, de todos, um em específico cresce: o cibernético — disse a especialista, que prosseguiu:

“Não é de agora que se correlaciona economia e criminalidade. É um tema complexo, multifacético e polêmico, mas defendido por muitos estudos das ciências criminais”

No caso de haver um ataque cibernético, faz-se necessário procurar imediatamente um advogado, que prestará todas as informações e acompanhamentos necessários para registro de B.O., adotar medidas preventivas, preservar as provas e evitar que se repita o delito, enfim, todas as medidas necessárias à defesa da vítima, orientou a especialista criminal em artigo publicado no site consultor jurídico.


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