O psicólogo Renan de Morais Souza (foto abaixo) foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal junto com o namorado de Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, soltando fogos próximo à Penitenciária Feminina de Brasília, a Colmeia, para onde a mulher foi levada.
Ao chegar na delegacia, foi descoberto que contra Renan tinha um mandado de prisão temporária em aberto expedido no último domingo (14), pelo ministro Alexandre de Moraes.
Assim ele ficará detido por cinco dias, mas o tempo pode ser prolongado. As informações são do Jornal Estado de Minas.
Os dois foram presos logo após soltarem fogos contra o prédio do presídio, localizado no Gama.
Em um vídeo divulgado pelas redes sociais, Renan de Morais Souza comentou a prisão de Sara Winter pouco antes de também ser detido. “Estamos indo para a Penitenciária Feminina Federal do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, porque transferiram a Sara Winter para lá. Do nada, uma situação que assim, coloca a vida dela em risco”, afirmou.
Após cometerem o ataque, os homens foram levados para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama). No local, agentes confirmaram que Renan de Morais, que é de Barra Mansa, já era procurado. Ele seria um dos investigados por fazer ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Sara Winter
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta terça-feira, 16, a extremista Sara Giromini pelos crimes de injúria e ameaça, “praticados de forma continuada”, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Após ser alvo de buscas no inquérito das fake news, a mulher xingou e fez uma série de ameaças contra o ministro, chamando-o para “trocar socos”. Caso condenada, será obrigada a reparar Alexandre de Moraes em valor mínimo de R$ 10 mil por danos morais, indicou o MPF.
A acusação é assinada pelo procurador da República Frederick Lustosa e foi enviada à 15ª Vara de Justiça Federal. Na peça, Lustosa diz que a militante utilizou as redes sociais “para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo”.
Lustosa enviou cota junto à denúncia argumentando que a conduta de Sara não afrontou a Lei de Segurança Nacional, “já que não houve lesão real ou potencial dos bens protegidos pela norma”. Na avaliação do procurador, a extremista “não impediu de fato o livre exercício da judicatura do ministro, nem da Suprema Corte de maneira geral”.
A cota registra que tais indicações “não implicam em atribuir desvalor penal à conduta” de Sara. “A atuação do MPF considerou a mensuração da atitude de Giromini, bem como precedentes verificados na Câmara de Coordenação Criminal do órgão”, indicou ainda a Procuradoria em nota.
O procurador também destacou na cota enviada à Justiça que sua atuação se pauta “exclusivamente pela valoração dos fatos e provas constantes dos autos” e é “isenta e desvinculada de qualquer viés ideológico ou político-partidário, muito menos suscetível a qualquer tipo de pressão interna ou externa”. ERRATA: A foto inicial é da PF, mas a prisão foi feita pela Polícia Civil do DF. Informação corrigida.