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Flordelis é acusada de ser mandante do assassinato do marido




Depois de um ano e dois meses de investigação, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 59 anos, foi apontada como a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, 42. Além de ser indiciada pelo crime, a parlamentar e a família são alvo, nesta segunda-feira, de uma grande operação do Ministério Público estadual (MPRJ) e da Polícia Civil sobre o caso.

São diversos mandados de prisão e de busca e apreensão sobre a morte do líder religioso, que estão sendo cumpridos na casa da deputada e em outros endereços ligados à ela. Até o momento, quatro filhos do casal foram presos.

“Ela foi surpreendida com a nossa chegada, chorou um pouco, porque tinha muita gente dentro de casa”, revela o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes.

Flordelis não pode ser presa pela Polícia Civil porque tem foro privilegiado.

“Temos 11 pessoas respondendo criminalmente. Levando em conta que a família tem 55 pessoas, temos 20% de envolvidos. Já temos quatro presos e temos outros alvos, inclusive em Brasília. Todos eles têm uma participação que foram comprovadas no decorrer da investigação”, destaca o delegado.

Flordelis foi indiciada por cinco crimes:

. homicídio triplamente qualificado

. tentativa de homicídio duplamente qualificado

. falsidade ideológica

. uso de documento falso

. organização criminosa

“A motivação do crime é porque ela estava insatisfeita com a forma como o pastor Anderson tocava a vida e fazia a movimentação financeira da família”, conta o delegado.

O CRIME

O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar em casa na companhia da mulher, em Pendotiba, Niterói, na Região Metropolitana do estado. Ele foi alvo de vários disparos de tiro, na garagem da residência. Flordelis não estava no local no momento do crime.

Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, e Lucas dos Santos de Souza, 18, vão ser julgados como executores do crime por homicídio duplamente qualificado. Eles estão presos preventivamente em Bangu 9, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital, de a época do assassinato.

A investigação da polícia apontou que Flavio confessou ter atirado seis vezes no padrasto. O laudo da necrópsia contraria a versão contada por ele e aponta que o corpo do pastor apresentava 30 perfurações de bala.

Já Lucas é apontado como responsável pela negociação da arma usada por Flávio no dia do crime. A pistola Bersa, calibre 9 mm, foi encontrada dias depois do crime no quarto de Flávio.

Quando eleita, Flordelis chegou a encontrar Bolsonaro e disse que com a eleição dele o “Brasil voltou a acreditar, voltou a ter esperança”. A pastora também já teve encontros reservados com Michelle Bolsonaro antes do assassinato.


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