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Confira os dez principais erros e acertos de Samuca em Volta Redonda



Por Tribuna


Tudo tem o início e o fim. A entrada e a saída. Nesta quinta-feira (31) é o último dia do governo de Samuca Silva, prefeito de Volta Redonda. Ele tentou, mas não conseguiu a reeleição – tendo apenas 13 mil votos. O voto é a manifestação mais democrática e eficaz do povo. As urnas o rejeitaram. A equipe do TRIBUNA, que é formada por jornalistas diplomados, listou os dez erros de Samuca. Os dez acertos também (confira no final da reportagem). 

O TRIBUNA não é engenheiro de obra pronta.

Quem não gosta de ser engenheiro de obra pronta, não é? Pegar uma situação que já passou, que já aconteceu, e então analisá-la de ponta a ponta dizendo quais foram os erros, como deveriam ter lidado com cada ponto e porque as pessoas que ali estavam no final foram incompetentes e nada sabiam, não é verdade? Só que, quando você tem todos os acontecimentos na sua mão, é muito fácil saber onde estão os erros. Mas ele foi alertado pela imprensa, por pesquisas e, sobretudo, pela população. Não quis ouvir!

Na sua última postagem nas redes sociais, Samuca chegou a pedir desculpa pelo bloqueio das contas e  escreveu:

— Não fui eleito para resolver um problema simples. Estes se resolvem por si só. Fui escolhido para tomar decisões sérias que mudam, todos os dias, a vida de pessoas. Enfrentei nos últimos tempos a maior crise mundial do século 21 — disse:

“Nosso planeta vive um momento delicado. Seria inútil dizer que fiz somente o que era possível. Não! Fiz mais. Em tempos difíceis, é primordial que se faça o que for necessário para poupar vidas”

— Volta Redonda, a verdade é algo incontestável.  Até quando erramos, pois erramos, não faltamos com a verdade. Podem nos atacar, mas no fim, ela está nos resultados dos serviços prestados a toda gente, nos quatro cantos dessa cidade e que muitos deles só serão percebidos ao longo de alguns anos, isto se chama legado.

“Conclui meu mandato com coragem, sem retroceder! Saio pela porta da frente e de cabeça erguida assim como nela entrei para assumir meu compromisso Agradeço a todos pela oportunidade”

Dez pontos negativos.

  • O caos na saúde. Os dois principais hospitais públicos da cidade em crise, sem insumos básicos e funcionários sem receber.  Contratação de OS e intervenção judicial. Gastos desnecessários como o Hospital do Idoso, que foi fechado.
  • Dívida com o funcionalismo público. Deixa a prefeitura devendo a metade do salário de novembro, integral de dezembro e sem pagar o décimo terceiro. Uma dívida estimada de R$ 100 milhões.
  • Falta de liderança em sua equipe. Ele teve mais de 60 diferentes secretários. Só a Secretaria de Meio Ambiente foram seis diferentes nomes. Na saúde, foram quatro comandantes da pasta. Apenas a EPD (Empresa de Processamento de Dados) e a secretaria de Educação permaneceram no cargo do início ao fim.
  • Virou piada nacional: ao encontrar com chanceler do Qatar falso. Ele prometeu verba vinda do país para construir o aeroporto regional na cidade, visitaria oficialmente Volta Redonda e levaria o prefeito e uma comitiva de empresários ao Qatar. Era falso.
  • Falta de construção de aliança política. Em quatro anos, ele passou por quatro partidos: foi eleito pelo PV; depois, seguiu o senador Álvaro Dias no Podemos, deixando o partido após briga com Romário. Ele embarcou no PSDB de João Doria. Não durou muito. Logo, foi para o lado do Wilson Witzel, governador afastado. No dia da sua filiação, nenhum membro de peso do partido compareceu ao evento.
  • Por questões políticas, recusou uma parceria com a Caixa Econômica Federal para o plano de mobilidade urbana no valor de R$ 60 milhões. Previa construção de alça de viaduto, asfaltamento e construção de ciclovia.
  • Desvalorizou cultura e esporte: Não realizou nenhuma ação relevante que valorizasse a classe artística e esportiva. Acabou com o Bloco da Vida e com as viagens da terceira idade. Os programas de esporte e lazer aos idosos também não tiveram continuidade. Sem apoio ao Voltaço e ao esporte amador. Em atrações artísticas, apenas o Réveillon teve shows gratuitos. Aline Ribeiro, da Cultura, é considerada uma das secretárias menos  eficiente do governo.
  • Falta de manutenção básica na cidade. Praças com mato alto, ruas com buracos, falta d’água constante, ruas sem iluminação. Tentou lançar o programa “Orgulho de Volta”, mas não deu certo.
  • O Novo que se aliou ao velho. Vendo a popularidade caindo, Samuca chamou lideranças antigas para compor o seu governo tentando ganhar fôlego como Paulo Baltazar; Nelson Gonçalves e América Tereza. No final, Baltazar e Nelson saíram e lançaram  a candidatura – inclusive ficando em segundo lugar na eleição.
  • Licitação do transporte público. Porém, edital havia falhas graves que as empresas de ônibus conseguiram facilmente suspender a concorrência na justiça.

Dez pontos positivos:

  • Transparência no auge da pandemia, realizando lives para informar a população. Tomou medidas impopulares para tentar salvar vidas.
  • Tarifa Comercial Zero – ônibus elétrico que interliga os centros comerciais da cidade.
  • Teve um dos melhores  desempenhos no Ideb (Índice Desenvolvimento da Educação Básica).
  • Criação do Alvará Fácil –beneficiando autônomos que conseguirem o MEI.
  • Reforma do Zoológico e criação do Parque Municipal.
  • Denúncia contra Paulinho Raio-X, vereador que tentou suborná-lo em troca de uma votação na Câmara Municipal. Ele acabou preso e cassado.
  • Inauguração da Rodovia do Contorno que começou a construção na década de 90. Hoje retira veículos pesados do Centro da Cidade.
  • Municipalização do Restaurante Popular que o governo do estado encerrou as atividades.
  • Convocação de mais de 250 profissionais da educação.
  • Início do funcionamento da Clínica de Diálise em Volta Redonda. O projeto e a construção foi do governo anterior.

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