Por Tribuna
Com “Agenor, José e Laurindo”, o carnavalesco Leandro Vieira vai exaltar três grandes nomes da história da verde e rosa: o compositor Cartola, o intérprete Jamelão e o mestre-sala Delegado. Esse será o enredo para o Carnaval de 2022 – por conta da pandemia, a festa foi cancelada esse ano.
Compositores de Volta Redonda estão na disputa para o samba-enredo. Desta vez, o trio de Volta Redonda é composto por Márcio Bola, João Carlos e Ronie Oliveira, junto com o compositor baiano Marcus Moniz.
Eles faziam parte da antológico samba-enredo de 2019, quando a verde rosa conquistou o título. Eles estão de volta com poesia pura, ritmo contagiante e alegria de representar a maior escola de samba do Brasil.
— Estamos mais uma vez na disputa de samba enredo na Estação Primeira de Mangueira. Estamos confiante e com uma responsabilidade de retratar as história de três ícones da escola — disse Ronie Oliveira. A primeira etapa será em 22 de fevereiro. Confira a letra e a música no final da reportagem.
Enredo
O ano de 2021 marca o centenário de nascimento do mestre-sala Delegado, considerado um mestre na arte do bailado. De sua estreia, em 1948, até a aposentadoria em 1984, só tirou nota 10. Delegado se aposentou com o supercampeonato da Mangueira, no ano de inauguração do Sambódromo.
Segundo Leandro Vieira, com as homenagens no centenário do Mestre Delegado, a Mangueira fará uma reparação importante em sua história, já que deixou de homenagear os outros dois grandes personagens, inclusive, no ano de seus centenários. Cartola, fundador da Mangueira, teria feito 100 anos em 2008 e Jamelão, que eternizou sambas antológicos com sua voz, teve o centenário em 2013.
Os nomes de batismo dos baluartes, lembrados no título do enredo, são Angenor de Oliveira (Cartola), José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão) e Hélio Laurindo da Silva (Mestre Delegado).
“O título do enredo tem os nomes que fazem deles homens comuns ligados aos saberes de Mangueira. E eu tenho olhado cada vez mais pros corpos e saberes da Mangueira, a comunidade que represento. Gosto de entender o que posso fazer com o privilégio que é dado a mim: o de escolher o que a escola vai cantar no desfile. São 321 anos de história que vamos contar na avenida”, disse o carnavalesco em suas redes sociais.