Cidades

Operação da PF prende dez pessoas; há mandados para Angra




A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MPRJ) realizam uma ação contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e armas do estado. Cerca de 100 agentes que atuam na operação Fim do mundo pretendem cumprir 18 mandados de prisão preventiva e outros 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Os alvos são integrantes de três quadrilhas que juntas movimentaram mais de R$ 100 milhões nos últimos três anos.

Até o momento, dez pessoas foram presas, sendo quatro no Rio, quatro em Santa Catarina e duas em São Paulo. De acordo com a PF, os mandados foram expedidos em dezembro pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). Também foram sequestrados 15 imóveis, 19 automóveis e duas embarcações, nos municípios do Rio de Janeiro; Mangaratiba e Angra dos Reis, na Costa Verde; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; e Foz do Iguaçu, no Paraná.
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Ainda foram bloqueadas mais de 32 contas bancárias vinculadas à organização criminosa. Ao todo, a restrição patrimonial totalizou mais de R$ 22 milhões. A investigação teve início em maio de 2020, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro de uma quadrilha com atuação em uma comunidade do Rio.

Os agentes descobriram outros três grupos da mesma facção criminosa, que buscam dar aparência lícita ao dinheiro obtido por meio de atividades ilegais.

O primeiro grupo é liderado por dois irmãos, responsáveis pela entrada de drogas nas favelas do Rio, que usavam o lucro ilícito para comprar imóveis de alto padrão em Balneário Camboriú, em nome de terceiros e com o auxílio de um casal de corretores catarinenses.

Entre os 30 denunciados, estão a mãe, as esposas e as irmãs dos líderes da organização criminosa, que levavam uma vida de luxo no município e movimentavam altos valores em suas contas bancárias.

Já o segundo grupo, que era responsável por levar drogas para Rio e Belo Horizonte, comprava carros de luxo e imóveis em condomínios de alto padrão em Angra dos Reis, Mangaratiba e Recreio dos Bandeirantes, como forma de lavar o dinheiro do tráfico, que foram sequestrados por meio de ordem judicial. Por fim, o terceiro usava empresas inexistentes ou com baixa atividade lucrativa para ocultar a origem do dinheiro ilícito.

Os investigados vão responder por lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.


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