Espero sinceramente que essa seja a primeira de uma longa serie de opiniões honestas, que este brasileiro, nascido na cidade de Mauá-SP; tem a dar à vocês, nesta coluna.
Na minha opinião, a desburocratização é o único caminho para simplificar, a vida da população para ter acessos, aos mais importantes serviços públicos com qualidade nas cidades e tornar, as oportunidades locais, mais eficientes aos investidores.
E é justamente por estar mais próxima dos cidadãos, a esfera política, mais capacitada para efetivar ações de natureza “desburocrática” é a esfera municipal.
Afinal de contas, as pessoas, não moram na União; elas moram em cidades. E quem tem condições de constatar, os problemas que, infelizmente prejudicam o dia a dia das empresas e dos cidadãos são os prefeitos das cidades. Assim sendo, uma boa política de desburocratização, tem de partir, sim, do princípio de que essa é uma tarefa de todos, mas principalmente, do governo local. Isso é importantíssimo.
A desburocratização não deve ser entendida como a eliminação total da burocracia. Mas é preciso cortar, sim, as coisas que não funcionam e ampliar aquelas que funcionam. Outra coisa de suma importância Desburocratizar, não significa reduzir o papel do estado na sociedade, porque desburocratizar nada mais é do que tornar, o estado melhor para sua produtividade, que é onde estão as pessoas e as empresas e não torná-lo menor ou maior.
No Brasil existe, como nunca se viu, uma disputa ideológica, absolutamente ardente, sobre o tamanho do Estado. Não existe Estado grande ou Estado mínimo! Existe o Estado eficiente!
E infelizmente para nós, as práticas de desburocratização, não são anunciadas em meio público, principalmente quando executadas em cidades de pequeno porte. Elas não são anunciadas como deveriam ser e isso inibe o processo de propagação; outra coisa importante é que precisamos mudar a cultura do servidor público e fazê-lo enxergar, um trabalho inovador.
Isso existe, porque temos uma exacerbada desconfiança, que faz com que órgãos públicos tenham, a todo momento, que fiscalizar o máximo possível, e de forma prévia. E é por causa desse princípio de desconfiança que o Estado não confia no cidadão e nenhum cidadão crê no Estado.
Assim sendo o cidadão fala o que quer, mas sem atestados, sem alvará e certidões por escrito não se vale de nada. E é muito curioso inclusive, quando muitas pessoas precisam provar que estão vivas porque no Brasil, infelizmente, a realidade é outra; menor do que poder
burocrático.
Até o nosso próximo café, aliás, esse foi uma delicia!
Roger Soares é militar da reserva, ex-bombeiro no Estado de São Paulo, técnico em emergências médicas, apicultor, professor de educação física, e consultor de negócios e investimentos.