Por Tribuna
A CSN começou a fazer os procedimentos de abafamento e parada do Af-2 (Alto-Forno Dois) da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Isso, portanto, deve gerar demissões na empresa – a estimativa do sindicato dos Metalúrgicos é que seja de duas mil.
Porém, o presidente do Sindicato, Silvio Campos, disse que a empresa garantiu que só será efetuadas as demissões após as negociações da PPR.
A decisão da empresa leva em conta as medidas de lockdown tomadas por vários governadores em virtude da Covid-19, que atingiram a economia e fecharam fábricas que são clientes da CSN.
As medidas serão detalhadas na prestação de contas trimestral aos acionistas, que a CSN fará na sexta-feira (15).
A empresa ainda vinha mantendo o Af-2 em funcionamento e estocando o material produzido. Isso porque, o número de clientes da CSN sofreu uma queda drástica, inclusive com a quase paralisação da indústria automobilística.
A conclusão da empresa é que não haveria como continuar comprando matéria-prima apenas para fazer estoque – sem a contrapartida de entrada de recursos da venda de produtos.
O AF-2 é responsável por 30% da produção da CSN – os outros 70% vêm do alto-forno nº 3, que continuará em funcionamento.