Única rede profissionalizante pública do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) será expandida nos próximos meses. Sete novas unidades serão inauguradas na capital e no interior, até junho deste ano. Entre elas está uma em Campo Grande, bairro mais populoso da cidade do Rio; Angra dos Reis e Paraty, na Costa Verde; Maricá, na Região Metropolitana; Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (será a terceira unidade da cidade); além de Cabo Frio e Rio das Ostras, na Região dos Lagos.
Cada unidade contará com cerca de 200 vagas, com oferta de cursos de acordo com a vocação de cada região. Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, todas as novas unidades contarão, também, com os cursos tradicionalmente oferecidos pela rede – entre eles o de idiomas (inglês e espanhol), informática e auxiliar administrativo.
“No último ano, reabrimos 20 unidades e inauguramos outras seis. Mas ainda há muito para ser feito. Este ano, vamos começar com novas sete escolas. Para a maior parte delas, estamos comprando os prédios”, explicou. “Já conseguimos autorização para contratar mais professores”.
Moradora de Campo Grande, a funcionária pública Carla Regina, 54, cobra a unidade da região. “A Faetec é uma das raras oportunidades de jovens pobres se profissionalizarem. Todos precisam ter esse direito. É preciso ter vaga para todos”, reclama ela, que é mãe de três filhos. “Profissionalizar jovens na Zona Oeste, sendo pobre, é uma verdadeira luta”.
Inscrições serão pela internet
Entre as sete novas unidades, a de Angra dos Reis será a primeira a ser inaugurada, o que está previsto para acontecer na segunda semana de março. Na mesma ocasião o governo estadual vai inaugurar, também, uma Unidade de Polícia Pacificadora na cidade.
As outras seis unidades, segundo a Secretaria de Ciência e Tecnologia, serão inauguradas nos meses seguintes. As inscrições serão abertas pelo site da própria Faetec (www.faetec.com.br).
Com as novas instalações, a rede chegará a 147 unidades. Nenhuma delas terá ensino em tempo integral. Oferecerão os cursos técnicos com duração média de seis meses nos turnos da manhã, tarde e noite. Os cursos estão sendo definidos de acordo com a demanda de cada região.
“A gente sempre faz uma pesquisa de mercado e consulta o empresariado da região. A profissionalização é
importante, mas ocupar a mão de obra depois da qualificação também é”, justifica o secretário de Ciência e Tecnologia Leonardo Rodrigues