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Após decretação de calamidade, bandidos voltam atacar em Angra



O caos foi instalado e medo tomou conta na noite desta terça-feira (21) em Angra dos Reis. Foram registrados um ônibus da empresa Senhor do Bonfim incendiado no trevo de entrada da cidade, na BR-101, na altura de Sapinhatuba, e outro carro de passeio (corsa) incendiado no Bracuhy. E ainda: foi registrado assaltos em Bracuhy e Parque Mambucaba. Na manhã desta quarta-feira (22), os coletivos estão circulando normalmente.

O prefeito Fernando Jordão (PMDB) decretou estado de calamidade pública na segurança no município. A medida é o nível mais grave de atenção possível, em âmbito municipal ou estadual. Segundo decreto presidencial de 2010, ele é usado quando o evento é grande demais para que o município ou estado resolva por conta própria. Além de recursos financeiros, a União pode enviar equipes da Força Nacional e solicitar a cooperação de regiões vizinhas.

A disputa territorial entre traficantes de facções rivais em comunidades próximas à Rodovia Rio-Santos (BR-101) está aterrorizando a população e se tornou uma dor de cabeça para as autoridades de segurança da região.

O coronel Antônio Jorge Goulart Matos, comandante da 5ª Companha de Área, disse que haverá uma força conjunta entre as policiais civis, militar e rodoviária federal para combater a violência em Angra dos Reis, na beira da BR-101. Já a prefeitura de Angra confirmou que mais de 1,6 mil alunos de duas escolas do Belém estão sem aulas nesta quarta-feira.

Violência pode desligar Usina Nuclear

Em entrevista ao O Globo, o prefeito de Angra contou que vai procurar a justiça federal pedindo o desligamento das usinas nucleares de Angra dos Reis, segundo ele o único município do país a ter instalações deste tipo. Segundo ele, somente em janeiro deste ano criminosos invadiram instalações das usinas e roubaram dinheiro de dois caixas eletrônicos. Na visão do prefeito isso expõe a vulnerabilidade das usinas nucleares diante do aumento da criminalidade na região.

— Estamos decretando calamidade pública na segurança estudando medidas para ingressar na justiça federal com pedido de desligamento das usinas. Não faz sentido elaborar um plano de evacuação de emergência quando bandidos invadem instalações das usinas para fazer o que quiserem. Já estive duas vezes conversando com o chefe do gabinete de segurança institucional da presidência da república, general Sérgio Etchegoyen, antes do carnaval, portanto antes do início da intervenção federal na segurança do Rio, alertando para o problema das usinas em Angra dos Reis. Mas ele não fez nada — disse o prefeito de Angra

Atualização: às 9h20

 

 


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