Por Tribuna

O secretário de Cultura de Barra Mansa, Marcelo Branco Cruz, que autointitula como Marcelo Bravo, desistiu de receber um auxílio de R$ 2,5 mil do Governo do Estado. O ato foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (22) com a nova lista.

A desistência ocorreu após a repercussão da reportagem exclusiva do TRIBUNA, que o denunciou. Segundo fontes ligadas ao prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable não tinha conhecidamente do ato de Bravo e teria cobrado explicações do seu subordinado.

Além do secretário, 30 pessoas também não estão mais na lista. Outros servidores públicos da região, porém, permanecem no Diário Oficial de hoje.

O dinheiro público é do programa “Cultura Presente nas Redes”, criado para auxiliar os artistas que estão sem renda em meia à pandemia e que produzirão seus conteúdos no universo da internet.

O setor cultural é um dos mais afetados com a crise porque suas atividades geram aglomerações. Estudo do Valor Econômico mostra que o setor, assim como lazer e turismo, a cultura será o última a se recuperar pós-pandemia.

Bravo é ator. O salário dele gira em torno de R$ 7 mil líquido. E ainda: o secretário de Cultura é de uma família tradicional da cidade e, inclusive, um dos sócios do UBM (Centro Universitário de Barra Mansa).

O edital “Cultura Presente nas Redes” vai premiar 1,5 mil artistas de todo o Estado com o valor de R$ 2,5 mil por produção.

Na região Sul Fluminense, foram escolhidos 80 artistas após análise técnica, como avaliação de portfólio. O nome de Bravo saiu no diário oficial do governo na posição 35º melhor avaliado na região O valor total é de R$ 3,7 milhões e os recursos são do Fundo Estadual de Cultura.

Serão contempladas ações culturais nas áreas de música, literatura, artes visuais, audiovisual, dança, teatro, circo, moda, museus, cultura alimentar e expressões culturais populares inéditas, exclusivamente realizadas no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.

A assessoria de imprensa da prefeitura não se manifestou, assim como o próprio Bravo.