Por Tribuna (*)
Alexsander de Oliveira Silva, de 38 anos, trocou a rotina de monitor da linha de produção de uma montadora em Resende para tentar se tornar PM. Quando se formou, em 15 de outubro de 2010, sonhava trabalhar no 37º BPM (Resende), distante dez minutos a pé de casa.
Mas acabou indo para a UPP dos morros do Fallet, Coroa e Fogueteiro, no Rio Comprido. E, na tarde de 25 de junho de 2011, teve a carreira militar abreviada pela explosão de uma granada, arremessada por traficantes
Alexsander, o Kiko — apelido que carregava pela lateral-direita nos jogos do Bicho Papão, seu time de futebol soçaite —, perdeu as pernas. Mas manteve a vontade de viver.
— Pensei: “Eu vou morrer aqui mesmo”. Sabia que a granada tinha arrebentado a minha perna, mas eu queria sobreviver — conta ele, na época ao Extra, jornal carioca
Foram apenas quatro meses na unidade. Na explosão, Alexsander perdeu a perna direita e fraturou o braço esquerdo. A outra perna teve de ser amputada no hospital, devido a uma infecção.
Mas a Polícia Militar não esqueceu dele. Alexsandro não entrou apenas na estatística. O 5ª CPA (Comando de Policiamento de Área) vai promover no dia 20, sábado, a primeira edição Arraiá Solidário. A festa será na sede do 5º CPA, na Vila Mury, em Volta Redonda.
As barracas serão de entidades de caridade de Volta Redonda como Apae, Apadefi e Casa da Criança. Terá ainda a “Barraca dos Amigos”, o lucro vai para a família de Alexsander.
Já a entrada será um quilo de alimento não perecível que será repassado à Diretoria da Assistência Social da PM.
“Será uma festa para os policiais e seus familiares”, disse o comandante do 5º CPA, Cleber Maia.
(*) com informações do jornal carioca Extra (25 de junho de 2011)