Ela nasceu de seis meses de gestação e tem apenas 16 dias de vida. A mãe Maria Edjane de Lima, 35 anos, morreu espancada pelo marido que está preso. A história trágica, que ocorreu no início deste mês em Barra Mansa, está ganhando capítulos felizes.
A bebê foi registrada como Vitória, com direito a certidão de nascimento emitida após pedido da promotoria da Infância e Adolescência da cidade.
E ainda: ela se recupera bem, não respira mais com ajuda de aparelhos e nem necessita de medicação, segundo informou o Hospital da Mulher de Barra Mansa. Mas ainda não tem previsão de alta médica e continua internada na UTI NeoNatal por ser prematura.
Xodó dos funcionários da unidade médica de Barra Mansa, Vitória já despertou desejo de um casal de Barra do Piraí em adotá-la. Eles, inclusive, já acionaram advogados para conquistar a guarda da bebê.
“Estamos casados há dez anos e tentando engravidar, mas não conseguimos ainda. Quero dar todo o amor à Vitória”, falou a mulher, que preferiu o anonimato. Ela tem um grau parentesco distante com a família do pai de Vitória.
Porém, segundo a legislação brasileira, a prioridade é de quem tem grau parentesco mais próximo à neném. Atualmente, a guarda está com o Conselho Tutelar.
A família de Maria Edjane, que é de João Pessoa, na Paraíba, não teve condições financeiras para vir até Barra Mansa para realizar o sepultamento ou fazer o traslado do corpo.
A distância entre a capital da Paraíba é de em torno 2,3 mil quilômetros, o que dá um viagem de 32 horas de carro ou ônibus. Já de avião são três horas de viagem com um valor da passagem médio de R$ 500.
A irmã de Maria Edjane autorizou a Secretaria de Assistência Social a realizar o enterro em Barra Mansa. A irmã disse que tem interesse de ficar com a criança, mas não tem condições financeiras.
O pai de Vitória, Obertan Gonçalves Braga, de 45 anos, continua preso no complexo de Benfica, no Rio.
Reportagem: André Aquino. Fotos: Divulgação
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