A direção do Hospital da Mulher informou que a bebê nascida na segunda-feira (4) cuja mãe teria sido vítima de violência doméstica, vindo a óbito, está recebendo cuidados intensivos em virtude de grave prematuridade extrema. O atendimento está sendo realizado conforme os protocolos modernos mundiais da neonatalogia. A bebê está respondendo bem às terapêuticas instituídas e seu quadro é estável. Não há previsão de alta.
A bebê nasceu de parto cesáreo devido ao descolamento de placenta, com prematura extrema e idade gestacional de 26 semanas, pesando 1005 gramas. Ela foi reanimada e encaminhada à UTI Neonatal do HM.
A neném é filha de Maria Edjane de Lima, 35, morreu após passar pelo parto de emergência, onde a placenta foi deslocada prematuramente no Hospital da Mulher da cidade.
Oberdan Gonçalves Braga, 45 anos, foi preso no final da noite desta terça-feira (5). Ele é acusado de agredir a companheira grávida com chutes e pontapés em Barra Mansa.
A prisão foi feita pela Polícia Civil, em cumprimento de um mandado preventivo da Justiça. Ele foi indiciado pelo crime de lesão corporal seguida de morte contra a sua companheira. Para capturá-lo, os agentes disseram que o celular dela estava na delegacia e ele deveria ir até lá para buscar. Chegando, ele recebeu voz de prisão.
Após receber alta, o destino dela será definido pelo juizado da Criança e da Adolescência.
A família de Edjane é de João Pessoa, na Paraíba, e veio para Barra Mansa depois de conhecer Oberdan pela internet. Os dois estavam juntos há menos de um ano. O corpo dela permanece no IML de Três Poços. A família da vítima precisa comparecer ao instituto. Porém, eles não tem recursos financeiros para a viagem da Paraíba à Barra Mansa.
“Me tira daquele inferno, não aguento mais”.
A frase foi dita por Maria Edjane de Lima no dia de sua morte. A conversa, pelo WhatsApp, foi com uma amiga. Ela estava com sangramento vaginal e sinais de agressão.
Ainda na conversa com a vizinha, a vítima contou que passava fome porque o marido não a deixava cozinhar, pois dizia que as panelas eram dele. E também ela relatou que tinha que dormir no chão, pois ele falava que o colchão era dele.
O casal se conheceu através de redes sociais há quase um ano. Ela saiu da Paraíba para morar com ele em uma casa no bairro Boa Vista e engravidou. Segundo testemunhas, a mulher já tinha sido agredida pelo companheiro em outras situações. Ele chegava a dizer que o filho não era dele e era possessivo e ciumento.