Ao som da música “Baile de favela”, o político ex-chefe do Executivo foi anunciado pelo pastor Silas Malafaia enquanto cumprimentava o público presente.
A manifestação interditava o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira. Os eleitores do ex-presidente vestem, em sua maioria, camisas amarelas e exibem cartazes pedindo anistia.
No palco, um cartaz mostra uma imagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o punho levantado, após o ataque que sofreu em julho durante a campanha eleitoral na Pensilvânia.
”Vamos dar um recado para o Brasil e para o mundo”, afirmou o político de extrema direita, em um vídeo publicado nas redes sociais.
O evento foi organizado e financiado pelo pastor evangélico Silas Malafaia e conta com a participação de políticos como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Outras personalidades, como o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), os filhos de Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o presidente do nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também estão presentes.
O lema do evento é pedir uma “anistia” para as pessoas condenadas por envolvimento nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Na data, milhares de bolsonaristas invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto Bolsonaro estava nos Estados Unidos, seus eleitores exigiam uma intervenção militar para derrubar Lula, que derrotou o ex-presidente nas eleições de 2022.
Os ataques de 8 de janeiro são uma das razões que levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a acusar o ex-presidente em fevereiro por um suposto plano de golpe de Estado para tentar permanecer no poder.
O STF já condenou 481 pessoas pelos atos. Dessas, 255 tiveram suas ações classificadas como graves. Oito dos investigados foram absolvidos.
Bolsonaro é acusado de ser o líder de uma “organização criminosa” que conspirou durante meses com este propósito e pode enfrentar uma pena acumulada superior a 40 anos de prisão.