No primeiro domingo após o início da campanha, poucos cabos eleitorais estiveram na Feira Livre da Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, local tradicional dos políticos pedirem votos na maior cidade da região. Apenas um candidato a deputado federal e outro estadual estavam lá. Não havia bandeiraço e nem carro de som.

“Graças a Deus não vamos escutar aquelas musiquinhas chatas de campanha”, disse o aposentado Kleber Antônio Felipe, 69 anos. Seu neto de 18 anos contraposto: “Algumas musicas eram bem legais”, brincou Raphael Felipe.

Mas há motivos para essa pouca adesão. Primeiro, os candidatos ainda poucos materiais gráficos. E outro é minirreforma eleitoral, aprovada em 2017, tornou os recursos visuais e sonoros ainda mais restritos.

A campanha deste ano está mais “silenciosa” e visualmente menos poluída. Os partidos e as coligações, por exemplo, só poderão utilizar alto-falantes ou amplificadores de som, nas suas sedes ou em veículos, das 8h às 22 horas. E com a presença do candidato.

SEM EXCESSO DE JINGLE

O horário para o uso de aparelhagem de sonorização fixa é mais flexível das 8h à meia-noite, podendo ser prorrogado por mais duas horas quando se tratar de comício de encerramento de campanha. Os carros também não poderão mais ser totalmente adesivados, os chamados envelopamentos.

CAVALETES PROIBIDOS

A lei permite adesivos comuns de até 50 cm x 50 cm ou microperfurados no tamanho máximo do para-brisa traseiro do veículo. Os cavaletes móveis, bastante usados nas eleições anteriores, também estão proibidos para a campanha deste ano.