Ao autorizar os mandados de busca e prisão, a juíza Andréa Calado da Cruz afirmou que as medidas deveriam ser aplicadas com urgência para evitar que os “investigados se desfaçam dos bens produto do crime”. “Há indícios suficientes do cometimento do crime de lavagem de capitais”, disse a magistrada na decisão.
Para a juíza, a compra e venda do carro por Deolane “sugere uma tentativa de ocultar e disfarçar a origem ilícita dos recursos”. A magistrada também pontua que “a compra e venda rápida de um bem de alto valor é um método clássico de lavagem de dinheiro”.
Em depoimento à polícia, Deolane declarou que recebia dinheiro da Esportes da Sorte por meio de contratos publicitários e negou qualquer envolvimento com a suposta lavagem de dinheiro.
Nas redes sociais, Daniele Bezerra, advogada e irmã de Deolane Bezerra, explicou que a empresária não revendeu o carro e que ela ainda está com o veículo. “Ela simplesmente comprou, pagou, declarou à Receita (Federal) um carro. No máximo, deveriam apreender o veículo, não a Deolane, ela é terceira de boa-fé”, disse.
A irmã da influencer ainda falou sobre os valores que ela recebeu por publicidades. “Todos os grandes influenciadores do Brasil divulgam a mesma empresa e receberam. Não há um real recebido no processo da Deolane que não tenha sido declarado e os respectivos tributos pagos, bastava somente uma intimação que apresentaríamos todos os documentos”, completou.
Por fim, ela voltou a falar sobre uma suposta perseguição à família Bezerra. “(…) Mas com a nossa família é diferente, primeiro prendem, apreendem, humilham, inventam mentiras e, somente depois de tudo isso e muita luta, provamos nossa inocência”, finalizou.