Por Tribuna
O decreto de Volta Redonda permite que o comércio varejista funcione até as 22 horas. Porém, no primeiro dia de flexibilização, a maioria das loja optou em fechar antes nesta segunda-feira (11).
A equipe de reportagem percorreu os principais centros comerciais. Na Amaral Peixoto, por exemplo, às 20 horas, estavam com quase todas as lojas fechadas.
Na avenida, a loja da Vivo era a mais movimentada, com uma fila que atravessava o quarteirão. Os pequenos estabelecimentos — os poucos abertos — tinham um baixo movimento.
Já na Vila Santa Cecília estavam abertas as lojas de departamentos e farmácias. As demais fechadas, assim como no bairro Aterrado.
Viaturas da Polícia Militar estavam realizando rondas nos centros comerciais, mas a concentração de polícias estava mais intensa na Vila.
— Foi uma experiência. Avalio como positiva a medida, embora as vendas foram aquém do esperado — disse Hilton Ferreira, gerente de uma loja na Amaral Peixoto.
– O plano de flexibilização amplamente discutido com o setor, com o Ministério Público e autorizado pela justiça. No nosso plano de reabertura, os comerciantes terão papel fundamental para nos ajudar, mantendo as regras de distanciamento e higienização, para evitar que os números piorem – disse o prefeito Samuca Silva.
Critérios
A manutenção da flexibilização vai depender de alguns critérios, que já vinham sendo apresentados pelo prefeito.
- O primeiro é que não haja aumento de mais de 5% no número de casos suspeitos da Covid-19 por dois dias seguidos. Até o momento, este critério vem sendo cumprido na cidade.
- O segundo é que haja menos de 50% de ocupação nos leitos de CTI exclusivos para a Covid-19 da rede municipal de saúde. O prefeito informou que há 18 leitos e cinco estão ocupados no momento, o que também cumpre o critério.
- O terceiro é que os 114 leitos de média complexidade do Hospital de Campanha tenham menos de 70% de ocupação. Esse indicador também está sendo atendido.
- O quarto critério é que os integrantes do grupo de risco permaneçam em isolamento social.
- O quinto determina que a população use máscaras na rua.
- O sexto é a ausência de aglomerações no comércio e nas ruas.
Samuca destacou que esses três útimos critérios não dependem do Poder Público, mas principalmente da população e dos comerciantes, que terão, assim, responsabilidade compartilhada com o governo municipal para manter a flexibilização.
– Esses eixos visam que a nossa rede de saúde tenha capacidade para atender nossa população. Não queremos que em Volta Redonda aconteça cenas que estamos vendo em outras cidades, de pessoas sofrendo acometidas pela doença e não terem leito para serem tratadas. Então esses eixos visam, principalmente, evitar que mais voltarredondenses sejam contaminados e que aconteça um colapso no nosso sistema de saúde – declarou o prefeito.
Foto: José Roberto Paiva.