A CSN ofereceu pagar 75% do salário como bonificação da PPR (Programa de Participação de Resultados) de 2018 aos funcionários. O valor seria depositado em duas parcelas. Porém, o Sindicato dos Metalúrgicos recusou na mesa de negociação.
A CSN, por sua vez, disse na reunião que não teria condições financeira para a bonificação. Em nota, o órgão sindicato questionou: “No ano passado, com lucro de R$ 112 milhões, a empresa pagou PPR de 1,5 salário aos trabalhadores. E por que este ano, com lucro de mais de R$ 5 bilhões, quer pagar 75%?”.
O presidente do sindicato, Silvio Campos, considerou como um afronta a proposta da empresa:
“É um absurdo a empresa, com um lucro recorde de mais de R$ 5 bilhões, não reconhecer o esforço dos seus funcionários, que são os verdadeiros responsáveis por esse resultado. Vai encher os bolsos dos acionistas e esvaziar os dos trabalhadores. Não vamos aceitar migalhas”, disse o presidente do órgão sindical, que continuou
“A CSN encontre uma alternativa para não prejudicar os trabalhadores, que muito se esforçaram para o excelente resultado financeiro obtido em 2018”.
A empresa está negociando a gratificação diretamente com a direção do sindicato depois que informou aos representantes dos trabalhadores, no dia 1ª de março, que que não foi possível fixar metas e critérios para o PPR-2018.
Desta maneira, não houve reunião para o acompanhamento das mesmas. Normalmente, a negociação sobre PPR é feita por uma comissão interna do trabalhadores da empresa – sem interferência direta do órgão sindical.