por Tribuna
O comércio varejista pode voltar a fechar a qualquer momento. Isso porque, a Defensoria Pública de Volta Redonda entrou com uma petição nesta terça-feira (12) para a suspensão do acordo entre o Ministério Público e a prefeitura de Volta Redonda
A informação foi apurada pelo jornalista Fernando Pedrosa, do site Foco Regional.
Em entrevista ao repórter, o órgão classifica como “inoportuna pactuação” o acordo, que, no entender dos defensores, favorece a aglomeração de pessoas e, consequentemente, a disseminação do novo coronavírus entre a população.
“Vai dar problema”, disse o defensor João Helvécio de Carvalho, ao Foco. Ele exemplificou o primeiro dia de flexibilização do setor varejista, com filas nas portas de lojas nos principais centros comerciais da cidade.
Segundo ele, a reabertura “fora do tempo” vai levar a um novo fechamento para esperar “outro tempo de depuração do vírus”.
O defensor cita como exemplo o que ocorreu em países mais desenvolvidos, como Alemanha e Coreia do Sul, que também relaxaram o isolamento social e tiveram que fechar de novo as lojas.
Nesta mesma linha, na manhã desta terça-feira (12), o prefeito Samuca Silva disse que está decepcionado com a população no primeiro dia de flexibilização do comércio varejista, que ocorreu no dia passado.
— Quero dizer a população que não está tudo bem. O vírus está intenso na cidade. O que vimos ontem foi uma aglomerações. As pessoas não fizeram a sua parte. Fiquei decepcionado — disse Samuca Silva.
Ele determinou que os bancos vão funcionar das 7 às 13 horas por apenas sete dias – começando nesta quarta-feira (13). E o comércio a partir das 14 horas.
— Isso é para não ter encontro dos clientes dos bancos com os do comércio — justificou o prefeito.
Segundo Samuca, 11% dos leitos do UTI voltado ao Covid está ocupado. “Algo que deve ser comemorado, mas isso vai se perder se não tiver a consciência da população”, disse Samuca Silva.
Oficialmente, há 20 óbitos confirmados e seis mortes sob suspeitas. E ainda: são 599 casos confirmados; dos quais, 429 podem ser considerados curados.
Eixos:
1 – Que não aumente em 5% o número dos casos suspeitos para confirmados a cada dois dias;
2 – Que os leitos dos hospitais com pacientes da Covid-19 não ultrapassem 50% da ocupação;
3 – Que o número de leitos do Hospital de Campanha, no Estádio Raulino de Oliveira, não ultrapassem 70% de ocupação;
4 – Que o grupo de risco, principalmente idosos, permaneça em casa, em isolamento social;
5 – As aglomerações continuarão proibidas em estabelecimentos, eventos também seguirão proibidos;
6 — Uso de máscaras.