Por Tribuna

A morte por Covid-19 corresponde por 5% dos óbitos totais em Volta Redonda. Desde 21 de março, quando Volta Redonda registrou o primeiro caso de Covid-19, até essa sexta-feira (15) a cidade registrou 417 mortes de diversas causas – sendo 21 óbitos oficiais pelo novo coronavírus.

No igual período, dobrou o número de mortes em residência. São 30 mortes e, em 2019, foram registrados apenas 14 falecimentos em casa – mais do que a metade em comparação esse ano.

O levantamento foi feito, com exclusividade, pela equipe de reportagem do TRIBUNA junto a funerária municipal, de acordo com o obituário da cidade.

O prefeito Samuca Silva disse que há duas mortes sendo investigadas na cidade – outras quatro foram descartadas por exame do Rio.

Uma determinação do Governo do Estado diz que os pacientes graves de Covid-19 não poderão mais ser recebidos no Hospital Regional, que fica na cidade e é administrado pela secretaria estadual de Saúde. O estado quer que os moradores recebam atendimento na rede municipal de saúde.

Santa Margarida

Para preservar a rede municipal, que atende outras doenças, o prefeito Samuca anunciou que o antigo hospital Santa Margarida será de referência para o tratamento para os pacientes de Covid.

Assim, a cidade teria duas unidades – a outra é o Hospital de Campanha. O Santa Margarida seria para alta complexidade e o de Campanha dos casos de enfermaria.

— Isso é para nós possamos preservar a rede como Cais do Aterrado, Conforto e a UPA do Santo Agostinho, transferindo todos os pacientes de enfermaria para o Hospital de Campanha — disse ele, que continuou

— Os leitos de UTI, que hoje estão no São João Batista, será para o Santa Margarida — disse que prosseguiu:

“Já foram entregues as obras internas e toda a parte de oxigênio. Agora, estamos agora só definindo como que será essa transferência dos leitos de UTI para o antigo Santa Margarida”.

Como esse medo de ir até uma unidade médica, o número de pessoas que morreram em casa dobrou de um ano para o outro.