Artigo

Crise do Oxigênio em Manaus: Reflexões para Resende



Por José Roberto Oliveira Junior


Com as recentes notícias de Manaus sobre a falta de equipamentos e de cilindros de oxigênio, o país todo pôde se solidarizar com esse que é um momento triste na vida de milhões de pessoas que lá habitam.

Com a crise ocorrida, os pacientes precisaram fazer uso de ventilação manual mantida pelo revezamento de médicos e enfermeiros e até mesmo cerca de 60 bebês prematuros precisaram ser transferidos às pressas para outros estados devido a falta de oxigênio. Um cenário totalmente caótico e chocante. Felizmente, nosso município pôde se preparar muito bem para o enfrentamento da pandemia.

No ano passado, nosso Hospital Municipal de Emergência ganhou uma usina própria de produção de gases medicinais e, com ela, a unidade hoje pode produzir oxigênio e ar comprimido que são utilizados nos hospitais.

Com essa instalação, a unidade também conta com um novo compressor de ar comprimido que é utilizado para atender pacientes entubados.

Na Santa Casa também não foi diferente.

Salas de eletrocardiograma, teste ergométrico e leitos clínicos de enfermarias receberam a instalação de gases medicinais. Já no Centro Cirúrgico e UTI da unidade a unidade de gases existente foi trocada por uma nova.

Apesar de termos uma estrutura de ponta em nossas unidades de saúde, ainda sim nós não podemos bobear.

Pra se ter ideia da gravidade do problema que ocorre no Amazonas, o produtor local que realiza o abastecimento de oxigênio do estado produz cerca de 28 mil m³ e hoje o consumo médio está em torno de 70 mil m³. Além dos desafios dentro da cadeia produtiva, ainda há os problemas logísticos.

Ou seja, o vírus é altamente contagioso e por mais que tenhamos a disposição uma forte estrutura hospitalar, ainda sim esses recursos são escassos e nós precisamos nos atentar em relação aos cuidados.

Deixo aqui essa reflexão para que você se cuide e também cuide daqueles que estão próximos a você.


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