Utilizando um artifício legal, a CSN teria descartada a negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos e apresentará na próxima segunda-feira (21) uma nova proposta sobre o PPR (Programa de Participação nos resultados) à Comissão Paritária do Programa – que tem autonomia para decidir sem consultar os trabalhadores.
Segundo fontes, a CSN vai oferecer, para os funcionários que ganham até R$ 3.200, 150% do salário. Aos demais, a empresa pagará 90% do salário em PPR. O pagamento seria dividido em duas parcelas: primeira junto com o próximo pagamento e a outra em 30 de agosto.
A Comissão da PPR é formada por 26 membros: dos quais, 13 são indicados pela empresa e outros 13 escolhidos pelos funcionários. Porém, os representantes dos trabalhadores não possuem estabilidade no emprego – apenas aqueles que fazem parte de sindicatos.
A proposta inicial da CSN era 92% do salário a cada empregado. Por exemplo, quem recebe R$ 1 mil, receberia R$ 920 em PPR, divididas em duas parcelas. O sindicato chegou a marca uma votação para a última quinta-feira (16), mas foi adiada para terça-feira (22) a pedido da empresa. Porém, tudo indica, que não ocorrerá essa votação de terça. A empresa divulgou um comunicado interno no final da tarde desta sexta-feira (18) sobre o assunto:
“Nesta reunião, considerando que os resultados apurados nas metas do exercício 2017 geraram um valor a ser pago abaixo das expectativas dos colaboradores, a CSN, por liberalidade, apresentará à Comissão uma proposta visando melhorar o valor do PPR 2017”, diz o comunicado, que finalizou: “A proposta representa o máximo esforço da empresa em atender o anseio dos trabalhadores, relacionado ao resultado da empresa no exercício de 2017”.