por Tribuna
A fábrica da Nissan em Resende começou a demitir 398 pessoas, o que corresponde ao fim de um turno de produção. A empresa absorveu parte do grupo no outro turno, mas as demissões foram consideradas inveitáveis.
Funcionários da Nissan relataram à equipe de reportagem do TRIBUNA que as demissões estão sendo feita via cartas e entregues por taxistas:
“Estamos sendo demitidos por meio de taxi, a empresa vem em nossas casas entregar o aviso da demissão. Estamos com suspensao do trabalho via MP 936 e estamos a 2 meses em casa com estabilidade”, relatou um dos funcionários demitidos.
— É um falta de consideração e respeito! — esbravejou outro demitido. O Sindicato dos Metalúrgicos não se pronunciou sobre o assunto.
Em nota, a ampresa afirmou que “vem buscando adequar o seu negócio à nova situação do mercado automotivo no Brasil em decorrência dos reflexos da pandemia de COVID-19 e, em função da manutenção do cenário atual de forte retração, a empresa precisou adotar novas medidas para garantir a sustentabilidade da sua operação no país”, diz o comunicado, que prosseguiu.
“Uma delas é o ajuste da cadência de produção no Complexo Industrial de Resende e, com isso, a interrupção de um turno. Uma parte da equipe será alocada em outro turno, mas, infelizmente, não será possível integrar todos os postos de trabalho”.
— A Nissan reforça que continua comprometida com a sociedade brasileira e espera que seja possível uma rápida recuperação no futuro próximo — disse
A montadora disse, em nota à Imprensa, que “depois de meses buscando garantir o emprego de toda a sua equipe com diferentes ações para minimizar o impacto da forte retração do mercado, analisando as soluções possíveis e estudando todas as projeções futuras, as medidas passaram a ser necessárias”.
A Nissan afirmou também que, além de todas as compensações previstas por lei, vai assegurar benefícios extras aos funcionários que estão sendo desligados.
Apesar de o cenário imediato ser de forte queda no mercado, a montadora afirma que vai manter o plano de produtos futuros da empresa para o Brasil:
“Estas medidas se fazem necessárias para a Nissan manter seu forte compromisso com o Brasil e a América Latina. Elas asseguram a sustentabilidade da empresa em um cenário ainda instável e garante continuidade do negócio, gerando empregos e divisas para o país, no médio e longo prazos”, conclui a nota da Nissan.