Por Felipe Rodrigues, na “Depressão, mal do século“
Pessoas com tristeza profunda, isolamento social, falta de entusiasmo e ansiedade descontrolada, podem está dando os primeiros sintomas de quem está entrando em um quadro de depressivo. A doença está cada vez mais comum nos dias atuais.
O caso pode se agravar quando somando a outras doenças como as cardiovasculares, obesidade, pressão elevada, colesterol alto, diabetes, entre outras.
Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas no mundo se enquadram nessa doença. O número é assustador, porém pode ser revertido.
O tratamento com um especialista é uma boa maneira de aprender a lidar com as crises até que a doença seja completamente vencida.
O número é simples: 188 e salva vida de milhares de pessoas. É o Centro de Valorização da Vida – CVV. O número gratuito de quem precisa conversar ou desabafar sobre algum problema que esteja afligindo a sua vida, ao ponto de não querer vivê-la mais.
Desde 1962, O CVV, atua no país. Diariamente os três mil voluntários da rede recebem cerca de 11 mil ligações, hoje o Brasil conta com 106 sedes que atende os 5.300 municípios nacionais. A iniciativa de prevenção ao suicídio é um convênio com o Ministério da Saúde.
Além das ligações, os interessando também podem receber o atendimento online e pessoalmente. Basta procurar uma sede mais próxima de sua cidade, através do site: www.cvv.org.br. Em Volta Redonda, o espaço já funciona há 17 anos e pode ser encontrado na Rua Paulo Marçal, 103, sala 1, Aterrado.
De acordo com Zenaide Rocha, voluntária e responsável pela divulgação do CVV, o trabalho do grupo consiste em dar apoio emocional a todas pessoas que em algum momento de suas vidas tenha necessidade de conversar com alguém sobre qualquer situação ou problema.
“No mundo, hoje temos mais de 800 mil pessoas que tiram suas vidas, isso corresponde ao mesmo que uma morte a cada 40 segundos. Esse número pode dobrar até 2020 segundo a OMS”, alertou a Voluntária.
Zenaide ainda contou que geralmente as pessoas que chegam a cometer o suicídio são aquelas que não encaram o problema e acham que não conseguirão vencê-los. Segundo ela, a depressão é um fator que ajuda no aceleramento do ato.
“No Brasil 5,8% da população sofrem de depressão, isso corresponde a um total de 11,5 milhões de pessoas. Dentre os países da América Latina, o Brasil é o de maior prevalência de registros, sendo considerado pela OMS e o quinto do mundo com mais registros”, destacou.
Sobre a importância do trabalho que é desenvolvido pelo CVV, a voluntária afirma que 90% dos casos podem ser prevenidos.
“É nisso que entra o CVV, às vezes através de uma conversa e da possibilidade de deixar o outro falar sem sofrer represálias, fazendo com que ele se sinta acolhido, desenvolve nele a sensação de estar liberto dos problemas. Isso vai fazer com que ele reflita sobre o que está acontecendo, possibilitando um desfecho diferente”, explicou Zenaide.
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