A PF cumpre mandados de prisão contra 10 deputados estaduais do Rio de Janeiro e mais 12 pessoas em um desdobramento da Operação Lava Jato. Entre os alvos esta também está um secretário do governo de Luiz Fernando Pezão (MDB), que não é investigado. Três dos parlamentares já cumprem pena.
A investida, desta vez, mira esquema de compra de apoio político de parlamentares. O alvo é o grupo político da base do MDB do ex-governador Sérgio Cabral, que comanda o estado há mais de 10 anos. O nome da operação é referência a uma sala de reuniões localizada ao lado do plenário da Alerj onde deputados se reúnem para rápidas discussões antes das votações.
Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão no Palácio Guanabara, sede do Executivo Fluminense, e no anexo da Alerj.
Jorge Picciani, deputado afastado, em prisão domiciliar;
Paulo Melo, deputado afastado, preso em Bangu;
Edson Albertassi, deputado afastado, preso em Bangu;
Affonso Monnerat, secretário estadual de Governo;
André Correa, deputado estadual e ex-secretário estadual de Meio Ambiente.
A operação foi determinada por desembargadores da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e se debruça também sobre a atual gestão do governo estadual, apesar de não haver citação direta ao governador Luiz Fernando Pezão.
Deflagrada em novembro de 2017, a operação levou para a cadeia os deputados Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi e investigou esquema de corrupção em que os deputados usavam da sua influência para aprovar projetos na Alerj para favorecer as empresas de ônibus e também as empreiteiras.
Atualmente, Jorge Picciani está em prisão domiciliar por causa de sua saúde e Paulo Mello e Albertassi seguem presos em Bangu.
Os outros parlamentares são: Coronel Jairo (Solidariedade), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante) e Neskau (PTB).