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Dia dos Pais: o melhor presente é a presença do filho



A vitória após um momento difícil de um filho é motivo de celebração para qualquer pai. A angústia daqueles que já passam por isso se transforma em exemplos de força, amor e superação. Os laços familiares se tornam mais evidente e fortes.

Neste domingo (12), o TribunaSF conta história de pais como Sebastião, Lucas, Ricardo e Antônio. Eles passaram por momentos difíceis, mas hoje comemoram e são unânimes ao dizer que “o melhor presente no Dia dos Pais é a presença do filho”. A reportagem especial é de André Aquino.

Um ano de idade, duas cirurgias

O telefone do repórter do TribunaSF tocou na semana passada e do outro lado da linha era Ricardo, pai de Lorena Teixeira Castro, de 1 ano e 2 meses. “Glória Deus. Deu tudo certo”, festejou ele, ao informar que a operação do coração da filha foi um sucesso.

Com apenas um ano e dois meses de vida, a pequena Lorena é uma vencedora. Ela ficou cega aos três meses, mas voltou a enxergar aos seis meses após uma cirurgia. E continua o tratamento. Porém, pouco tempo depois, ela foi diagnosticada com um problema cardíaco. A família viajou no início do mês para São Paulo. Lá, ela foi submetida a uma cirurgia no Hospital Beneficência Portuguesa. Eles são moradores de Volta Redonda.

Neste sábado (11), véspera do Dia dos Pais, o repórter do TribunaSF mandou uma mensagem ao Ricardo para saber como estava Lorena. A resposta foi através de vídeo que mostra a pequena brincando no quarto do hospital, seguido de um áudio:

“Não poderia estar mais feliz no Dia dos Pais. Minha filha está se recuperando bem e rápida. Ela está no quarto como se não tivesse passado por uma cirurgia”, comemorou Ricardo.

Pai, o doador da medula óssea do filho

Lucas Dias, de 30 anos, pai do Rafael, um bebê de um ano que sofre de uma doença rara chamada Síndrome de Wiskott Aldrich, tem muito o que comemorar no Dia dos Pais.

“A luta da minha família pela vida do meu filho começou desde que ele nasceu, quando começaram os primeiros sintomas. Com cinco meses de vida, quando o Rafa foi diagnosticado, nosso mundo desabou. Nos falaram que ele precisava de um transplante de medula pra viver mas não tinha um doador compatível, sentimos muito medo, mas graças a Deus tive a oportunidade de eu mesmo ser o doador, mesmo sendo apenas 50% compatível”, comemorou ele, que é de Volta Redonda.

No sábado (11), fez um mês do transplante dele e o bebê está se recuperando muito bem. “Ter meu filho bem ao meu lado em casa, é o maior presente que eu poderia receber nesse Dia dos Pais”, finalizou.

Recuperação milagrosa após acidente de carro

Anderson de Oliveira estava prestes a completar 24 anos. Era setembro de 2017. Quando voltava da casa da namorada em Resende, um motorista imprudente atingiu em cheio o seu carro na Via Dutra. “Eu apaguei e não me lembro de mais nada”, conta ele. A partir daquele momento até três meses depois, a vida de Anderson estava por fio.

Nos 95 dias de internação, a vida de Sebastião de Oliveira, de 62 anos, pai de Anderson, foi em cima de três pilares: a confiança nos médicos, a fé e a esperança na melhora do filho. “Ele não bebe, não usa nenhum tipo de drogas. Mas foi vítima da imprudência de motorista que estava bêbado. Tive que trabalhar muito, com terapias, para que a minha raiva contra o causador do acidente passasse”.

Mas, o principal remédio foi a melhora gradual do filho. “Ele chegou em casa na véspera de Natal. Já foi um presentão. Ver ele hoje sorrindo, com a namorada e com os amigos não tem preço”, contou o pai, que ainda se emociona, nos momentos difíceis que passou. “Mas passou”, concluiu.

Paz após a dependência química

“Minha vida era um inferno, hoje é uma paz”. A forte frase foi dita por Antônio Luiz Carvalho, de 76 anos. Ele é pai de um ex-dependente químico, que está abstêmio há seis anos de drogas e álcool.

“Ganhei meu filho de volta”, disse o pai. O filho, hoje com 36 anos, teve que ser internado numa clínica de dependência química no interior de São Paulo e frequenta reuniões de mútua ajuda de Barra Mansa.

“As drogas nos transformam em algo que não somos. Posso curtir meu pai no Dia dos Pais, algo impensável no período em que estava na dependência química”, disse o filho.

 


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