Por Felipe Rodrigues
O ano era 1992. Época em que o direito pela minoria ainda não tinha voz e o preconceito era intenso e latente. Mas, isso foi superado com uma palavra simples e forte: o amor. A jornalista Beth Melo, de 55 anos, e sua esposa, a pedagoga Joana Carneiro, 53, tem 27 anos casadas.
Elas estão mais tempos juntas do que solteiras. As duas são as personagens da segunda reportagem da série “É o Amor”, produzida pelo TRIBUNA. Em relação aos segredos para manter um relacionamento de tantos anos, elas são unânimes: “Respeito, paciência, confiança e muito amor”.
Para Beth, tudo foi muito rápido e inesperado. Ela ainda afirma que o encontro das duas foi algo que o destino providenciou. “Temos um relacionamento com muita parceria e desde o começo foi assim. Sonhamos juntas, planejamos juntas. Temos desafios como todo casal, mas driblamos de letra qualquer situação que possa nos prejudicar”, disse Beth.
O amor é didático
Jô (à esquerda) e Beth contam com vivem bem há 27 anos
Joana, que é mais conhecida como Jô, ainda completou. “Os ingredientes básicos para manter uma boa relação é ouvir o outro, ser paciente, desejar todo dia ter a mesma pessoa do lado, entre tantas outras pequenas coisas que, fazem total diferença na vida a dois”, continuou.
Nos dias atuais, manter um relacionamento longo com respeito e tolerância está cada vez mais difícil, para elas, o amor é didático e a cada dia se aprender amar, amando.
“A receita mais próxima que posso citar é amar sem demagogia e respeitar o outro como ele é. Generosidade está nessa receita também. Ser real. Fica mais transparente. É poder ir, mas querer ficar porque é gostoso, leve e saudável ter o outro. Para mim tudo isso é muito simples”, declarou Jô.
Beth não perdeu tempo e também se declarou a sua amada. Para ela, não é preciso ter uma data para celebrar o amor e ser romântica.
“Vou ser bem clichê, porque faz parte do Nelson Rodrigues que, habita em cada um de nós. ‘Deus está nas coincidências.’ Estamos juntas, porque “Deus está nas coincidências”, ressaltou, acrescentando ainda. “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. Te amo, Jô”.
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