Por Tribuna
Muitos falam que a juventude é interrompida quando se descobre a maternidade ou paternidade antes dos 18 anos. De fato, dependendo da idade, não há um psicológico para lidar com uma nova vida.
Outro fato é a questão financeira. Porém, é de responsabilidade desses jovens assumir a situação e fazer o melhor para essa vida que está a caminho.
Um exemplo de quem enfrentou o desafio é de Magno Schirmer dos Santos, de 34 anos, guarda municipal e morador de Barra Mansa. Aos 16 anos, descobriu que a então namorada (hoje esposa) estava grávida. Apesar do medo e receio ele garante:
“Eu não nasci para outra coisa que não fosse ser pai”.
Magno é o segundo personagem do especial do TRIBUNA, ‘Pais exemplos’.
Pai exigente, amigo e presente
Schirmer se viu em uma situação em que as ordens dos seus planos foi invertida. Apesar das dificuldades, ele diz que não há momento melhor do que a paternidade.
– Quando ele nasceu eu tinha 17 anos, não conhecia nada da vida não sabia, o que o futuro preparava e já tinha a responsabilidade nos meus braços de ter uma criança, mas com a ajuda de Deus e dos meus familiares, deu certo e eu não trocaria a paternidade por nada, contou.
Hoje, com 16 anos, seu filho Gabriel é o seu grande amigo. Juntos, eles criaram uma relação que vai muito além de pai e filho.
– Minha relação com o Gabriel é maravilhosa, somos amigos e sempre jogamos aberto um com o outro. Sou um pai que nunca escondi a realidade da vida para ele e sempre soube de tudo que acontece na vida dele. Às vezes, me sinto de volta aos meus 16 anos e agimos de igual para igual, rindo das mesmas coisas, brincando das mesmas coisas, confidenciou.
Construção de sua identidade
Apesar de ser um paizão participativo e amigo do filho, Magno garante que quando necessário o papel de pai que chama atenção também entra em cena.
– Ele está numa fase muito boa da vida, mas nessa idade também necessita de alguns puxões de orelha. Então busco estar sempre participando de suas atividades seja na educação ou nos momentos de diversão, revelou.
Outra fator que o pai citou como sendo importante para ser abordado de pais para filhos é em relação a construção de sua identidade, no aspecto psíquico e emocional. Assim, como também, as consequências de atos despreparados, servindo como experiência em ter sido pai novo.
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– Sempre oriento o Gabriel para focar nos estudos, buscar uma direção pra sua vida pessoal, garantir que lá na frente o desejo de ser pai seja sua maior alegria e não sua frustração, frisou.
O guarda, apesar de sempre buscar o melhor para a família, fez um importante desabafo.
– Não indico aos menores de idade de hoje a inverterem os papeis. A naturalidade da vida que é dar prioridade a educação, trabalhar, estabilizar para depois ter filhos. Alterar essas ordens dificulta a vida.
– Os maiores desafios de ser pai novo são em não saber do seu próprio futuro e já ter a responsabilidade de cuidar de alguém. Não é apenas falar que tem um filho, mas sim cuidar dele para que ele cresça da melhor forma, completou o pai.
Ser pai representa tudo na minha vida. Durante as 24 horas do meu dia, durante os 365 dias do ano, é em prol dos meus filhos. Tudo que eu faço, penso, planejo, desde a minha conquista são para eles.
Quando questionado o que mais o orgulha em ser pai, ele não hesitou e abriu o coração.
-O que mais me orgulha em ser pai é ver que tudo aquilo que sonhei se concretizando a cada dia, a cada sorriso a cada palavra, a cada atitude. Todo pai sonha que seu filho cresça e se torne o melhor possível. E eu digo e repito, não tem nada melhor que a paternidade – completou Magno.
Além de Gabriel, ele tem mais dois filhos da sua primeira namorada.