Polícia

Ex-advogados de Lula, Bolsonaro e Witzel são alvos de operação da PF



Os advogados Frederick Wassef (que representou a família Bolsonaro), Cristiano Zanin (Lula) e Ana Tereza Basílio (Wilson Witzel) são alvos de nova fase da Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (9). Bolsonaro, Lula e Witzel não são investigados nesta operação.

A Operação E$quema S investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S do RJ por escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo, para propinas a agentes públicos.

A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da seção fluminense do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac.

O juiz federal Marcelo Bretas expediu 50 mandados de buscas e apreensões — não há mandados de prisão — e aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), tornando rés 26 pessoas (veja a lista abaixo) . O MPF não informou todos os alvos das buscas desta quarta.

Equipes da força-tarefa cumpriam os mandados no Rio, em São Paulo e no Distrito Federal.

A Lava Jato apurou que as entidades do Sistema S teriam destinado pelo menos metade do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia.

A força-tarefa aponta que a Fecomércio-RJ gastou R$ 355 milhões a pretexto de advocacia, “por serviços supostamente prestados”, dos quais “ao menos R$ 151 milhões foram desviados”.

  1. Adriana Ancelmo
  2. Ana Tereza Basílio
  3. Antônio Augusto de Souza Coelho
  4. Caio Cesar Vieira Rocha
  5. Cristiano Rondon Prado de Albuquerque
  6. Cristiano Zanin Martins
  7. Daniel Beltrão de Rossiter Correa
  8. Edgar Hermellino Leite Júnior
  9. Eduardo Filipe Alves Martins
  10. Eurico de Jesus Teles Neto
  11. Fernando Lopes Hargreaves
  12. Flávio Diz Zveiter
  13. Francisco Cesar Asfor Rocha
  14. Hermann de Almeida Melo
  15. Jamilson Santos de Farias
  16. João Cândido Ferreira Leão
  17. José Roberto de Albuquerque Sampaio
  18. Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira
  19. Marcelo Henrique de Oliveira
  20. Marcelo José Salles de Almeida
  21. Marcelo Rossi Nobre
  22. Orlando Santos Diniz
  23. Roberto Teixeira
  24. Sérgio Cabral
  25. Tiago Cedraz Leite Oliveira
  26. Vladimir Spínola Silva

Investigação por suspeita de corrupção

Diniz já havia sido preso, em 2018, em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. No mesmo ano, porém, o ex-executivo foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por volta das 6h, os policiais chegaram em um endereço na Rua Urbano Santos, na Urca, e na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, ambos na Zona Sul da cidade.

Pouco depois, os policiais estiveram em um endereço na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.

O ex-empresário foi detido por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e integrar organização criminosa.

Um dos crimes investigados na época era a contratação de funcionários fantasmas pelo Sesc e pelo Senac (ligados à Fecomércio). Por exemplo, uma chef de cozinha para o Palácio Guanabara e uma governanta do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Elas recebiam salários pelas entidades.

Diniz ficou quatro meses preso. Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao ex-empresário.


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