Destaque 1 Volta Redonda

Exclusivo: Dobra o número de mortes em residências em Volta Redonda



Por Tribuna

Desde 21 de março, quando Volta Redonda registrou o primeiro caso de Covid-19, até essa sexta-feira (8) a cidade registrou 23 mortes em residência. No igual período de 2019, foram registrados apenas 11 falecimentos em casa – mais do que a metade em comparação esse ano.

O levantamento foi feito, com exclusividade, pela equipe de reportagem do TRIBUNA junto a funerária municipal, de acordo com o obituário da cidade. No igual período de 48 dias, foram registradas um total de 369 mortes em 2020 contra 321 óbitos em 2019.

Oficialmente, Volta Redonda tem 18 mortes confirmados pela doenças e seis suspeitas até o momento desta publicação. Segundo a prefeitura, caso as medidas de restrições não fossem adotadas, o número estaria chegando a 60 mortes. 

A alta de mortes domiciliares, segundo especialistas, está relacionada a fatores como idas a prontos-socorros por medo de contágio ou a rápida evolução da doença.

No Brasil

O número de pessoas que morreram em casa desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil aumentou 14,6% em relação ao ano passado, segundo registros dos cartórios brasileiros.

Na prática o País teve, nos últimos dois meses, 4.552 óbitos domiciliares a mais do que no mesmo período do ano passado, revelam dados do Portal da Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

A alta é ainda maior em Estados com alta incidência da doença. No Amazonas, o número de mortes em casa cresceu 94,7%. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 34,8%.

A análise refere-se ao período de 26 de fevereiro, data de registro do primeiro caso de infecção por coronavírus no Brasil, até 26 de abril – foram desconsiderados os dados dos últimos dez dias porque esse é o prazo médio que os cartórios levam para repassar suas informações para a Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional).


Deixe seu comentário

error: Content is protected !!