Por Tribuna
Exercícios físicos estimulam o sistema imunológico e se tornam ainda mais importantes em tempos de pandemia. Mas a vida ativa esbarra no isolamento social para quem pode ficar em casa, principal recomendação das autoridades de saúde para evitar a proliferação do novo coronavírus. Especialistas afirmam que, para equilibrar atividade e distanciamento, é preciso ter bom senso.
Segundo o médico do esporte Rafael Trindade, não há problemas em se exercitar ao ar livre em lugar isolado. Ele recomenda evitar parques e ciclovias.
— Eventualmente eu tenho saído de bicicleta no inicio da noite nas ruas menos movimentadas. Tenho usado um tecido no rosto. Assim, também evito colocar a mão no nariz e na boca — conta o especialista da DaVita Serviços Médicos.
Um documento da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre como se manter ativo durante a crise sanitária recomenda passeios a pé ou de bicicleta, mas sem desrespeitar o distanciamento físico para evitar a propagação do vírus. O texto ressalta a importância de lavar as mãos com água e sabão antes de sair, no local externo e assim que chegar em casa, ou utilizar álcool em gel.
No caso de pessoas acostumadas a fazer atividade de alto gasto calórico mas que durante o isolamento não podem sair para praticá-las ao ar livre em segurança, os médicos recomendam explorar o treino funcional em vez do aeróbico.
— Se tiver uma esteira ou um cicloergômetro, fica mais fácil fazer em casa algo mais próximo do que já está acostumado. Se não, procure fazer algum tipo de ginástica funcional, com a devida orientação profissional — disse José Kawazoe, especialista em Cardiologia e Medicina do Exercício e do Esporte.
Trindade explica que é bom evitar exercícios aeróbicos em casa, porque eles demandam muito do sistema respiratório:
— Se você estiver com o vírus, vai infectar todo o ambiente — afirma ele.
Os esportes coletivos não são sugeridos pelos especialistas por causa da aglomerações. O uso de máscara em caminhada sim. Em corrida, não – até porque a pessoa não conseguirá.