Por Tribuna
Quando as medidas de restrições foram adotadas em Volta Redonda, os donos de uma loja de moda praiana fecharam o estabelecimento e não pensaram duas vezes: os maquinários seriam utilizados para fabricar máscaras de pano. Para vender? Não. Eles estão doando.
A empresária Tatiane Dalavia, 40 anos, contou que estava aguardando a autorização do Ministério da Saúde, liberando o uso de máscaras de tecido. Desde então, há um mês, ela já doou mais de mil itens. As máquinas não param.
Ela tem a companhia nessa luta contra o Covid do seu marido, Fabiano Gonçalves, 42 anos, e a sua mãe, Maria Aparecida, 65.
— Fechamos as portas da loja e começamos a fabricar as máscaras. Já recebemos doações de uma loja de tecido e de uma empresária que trabalhava com o buffet — contou ela, que prosseguiu:
— A ideia é ajudar um pouquinho. Hoje a minha despensa está com alimentos e é importante ajudar o próximo num momento tão difícil. Amanhã, minha família pode precisar de ajuda — disse.
Mas, eles estão ajudando bastante. Só na última quarta-feira (15), eles doaram mais de 150 unidades. Só há dois requisitos: a entrega tem que ser com hora marcada para não evitar aglomerações e a pessoa precisa busca a doação.
Além das máscaras, a família está arrecadando alimentos e itens de higiene pessoal. Até agora, foram 300 quilos encaminhados para a Conferência São Matheus e dez famílias de trabalhadores autônomos que hoje não estão conseguindo trabalhar e receberam uma cesta básica.
— Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que contribuíram, mas nossa campanha não pode parar afinal quem tem fome não pode esperar — escreveu a empresária, nas redes sociais.
Quem quiser doar alimentos e tecidos, ou receber doação de máscaras, podem ligar (24) 988249201 ou (24) 988150373.